Projeto de lei que proíbe anistia a militares amotinados tramita no Senado

Militares são proibidos de fazer greve, mas participantes costumam ser perdoados pelo Congresso

Daniel Marques/Agência do Rádio
Publicada em 09 de março de 2020 às 08:58
Projeto de lei que proíbe anistia a militares amotinados tramita no Senado

Um projeto de lei em tramitação no Senado pretende proibir que militares participantes de motins recebam anistia do Estado. A Constituição Federal proíbe que militares se organizem em sindicatos e façam greves. Se essa norma for descumprida, eles podem ser condenados a até 20 anos de prisão. Mas, repetidas vezes o congresso concedeu anistia a militares que participaram de movimentos paredistas - 4 vezes nos últimos 10 anos.

O autor do texto é o senador Prisco Bezerra (PDT-CE), suplente do senador Cid Gomes (PDT-CE). Cid foi baleado ao tentar furar um bloqueio de policiais amotinados na cidade de Sobral, no Ceará.

Prisco argumenta que o projeto tem a intenção de impedir que a anistia seja utilizada como forma de assegurar a impunidade de agentes do Estado que atuam à margem da lei e “buscam transformar o Governo e os cidadãos em reféns”.

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