Projeto Voar resgata crianças através do esporte e pais agradecem a iniciativa em Porto Velho

Natação é um dos esportes com mais procura no projeto Voar

Anayr Celina - Fotos: Cabo Raicinaluz | Secom
Publicada em 29 de outubro de 2019 às 15:08
Projeto Voar resgata crianças através do esporte e pais agradecem a iniciativa em Porto Velho

A educação e o esporte são dois ingredientes principais para uma receita de sucesso. E é esse o resultado que o Projeto Voar, que iniciou na capital no mês de setembro, tem alcançado. A iniciativa nasceu da parceria entre a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), o Tribunal Regional do Trabalho da 14ª região (TRT 14ª) e o Ministério Público do Trabalho (MPT/RO) que têm incentivado a prática esportiva, o respeito, a integridade, o caráter e o bom desempenho em casa ou no ambiente escolar, de forma que as crianças cresçam e sejam exemplo para os demais.

Com pouco mais de um mês em execução, 230 crianças e adolescentes de 9 à 15 anos de idade têm a oportunidade de treinar futebol, aprender a nadar e praticar jiu-jitsu com professores renomados. É o caso da Glenda Sofia, uma das primeiras a se inscrever no projeto. Hoje, praticando jiu-jitsu, se diz empolgada e que não vai mais parar.

 

Eu estou gostando muito daqui. Não falto uma aula e estou estudando bastante pra poder tirar notas boas e continuar no projeto” relatou sorridente a participante do Voar, Glenda Sofia.

 

Seu Abile diz ser grato ao projeto que está ajudando no bom rendimento da filha

O pai de Glenda é peruano, mas vive em Rondônia há 30 anos. Ele ainda carrega o sotaque do país vizinho, e diz ser grato a esta terra que tanto o acolheu. “Eu tenho duas filhas, a Glenda que faz  jiu-jitsu aqui no projeto, e a Tainá Vitória que faz música em uma escola do governo. Desde que as duas iniciaram no esporte e na música, estão se tornando filhas excelentes e eu só tenho a agradecer por esses projetos que são muito bom para nós” relatou Abile Gastelo.

As aulas acontecem as segundas, quartas e sextas-feiras, durante uma hora. Todo o material esportivo é entregue pelo próprio projeto que acontece na base do Núcleo de Operações Aéreas (NOA). O local conta com campo de futebol, salas e piscina. Para o coordenador do Projeto Voar, Coronel Eduardo Leal, a iniciativa tem se mostrado uma ferramenta para mudar vidas.

“As crianças são excelentes, apresentam um bom comportamento, são educadas e mostram vontade de participar do projeto. Os pré-requisitos como notas boas, bom comportamento em casa e na escola estão sendo cumpridos por elas.  As expectativas são as melhores”, destacou o coordenador.

INCLUSÃO SOCIAL

O projeto acolhe crianças com necessidades especiais e trabalha a inclusão no meio social

A maior parte das crianças que participam do projeto mora na zona leste da capita e foram acolhidas pelo projeto.

Entre os participantes há crianças com necessidades especiais, que merecem maior atenção e dedicação. Por isso, o projeto conta agora com um Núcleo de Estudo, Prevenção, e Gerenciamento do Estresse (Nepgres), no qual uma psicóloga faz o acompanhamento das crianças, dos pais, de forma que seja possível identificar possíveis problemas, a fim de encontrar soluções.

“Aqui no projeto nós temos crianças autistas, com síndrome de Donw, crianças hiperativas, crianças que enfrentam problemas sociais, e o nosso papel é oferecer mecanismos de ajuda para que elas possam crescer fisicamente e emocionalmente saudável. Nós orientamos tanto as crianças quanto os pais delas” ressaltou a psicóloga.

Todas as quartas-feiras acontece um dos momentos mais importantes, o ato cívico, onde as crianças e professores cantam o hino de Rondônia, e são passadas todas as informações relevantes aos envolvidos. “Nós ensinamos às crianças alguns movimentos militares como ordem unida, sentido, além de passarmos todas as informações importantes da semana. E aproveitamos para colher os boletins escolares, um dos pré-requisitos para continuar no projeto. Essas pequenas ações, lá na frente, vão trazer muitos resultados e esperamos que daqui saiam grandes atletas”, concluiu Natalie Pinheiro, professora de natação.

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