Quinquênio – “a bomba relógio” que não explodiu
Desgraçadamente, alguém pôs na cabeça do prefeito que o quinquênio era uma “bomba relógio”, que precisava ser desarmada, já!
Quando o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, mandou para Câmara Municipal um maldito projeto de lei acabando com o quinquênio dos servidores, muitos caíram de pau em cima do tucano, principalmente parcela expressiva do funcionalismo, que depositou nele a esperança de melhores dias.
Doutor Hildon, até que se prove o contrário, não é uma má pessoa. Seu principal problema é acreditar em auxiliares cujo conhecimento da realidade municipal não vai além do próprio umbigo, levando-o ao cometimento de erros grosseiros, colocado sua administração em rota de colisão com a população e, sobretudo, com segmentos que o apoiaram na campanha eleitoral.
Desgraçadamente, alguém pôs na cabeça do prefeito que o quinquênio era uma “bomba relógio”, que precisava ser desarmada, já! Caso Contrário, causaria um estrago de cem milhões de reais nas finanças do município, cujos reflexos se fariam sentir nos próximos cinco anos. Doutor Hildon, claro, acreditou no dito e, sem pestanejar, decretou o fim do adicional.
Sete meses se passaram. Nesse período, muito se falou no assunto, mas de concreto para devolver ao servidor um direito conquistado à duras penas, nada. Foram incontáveis reuniões e discussões acaloradas, até que a prefeitura reconheceu que pisou na bola. Os cálculos estavam errados.
Pressionado, inclusive por aliados, como o vereador Junior Cavalcante (que também é servidor municipal), ao prefeito não coube outra opção senão mandar um projeto para Câmara (que deverá ser aprovado na próxima semana), corrigindo a tremenda injustiça praticada contra os servidores.
Vê-se, pois, que o calculador oficial não só não entende de matemática como também de explosivos. A bomba não explodiu. Pudera. Foi preparada com material de péssima qualidade e por um aprendiz.
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