Raquel Dodge afirma que sistema de apuração é confiável e que resultado reflete escolha dos eleitores

Segundo PGE, principais problemas verificados pelo MP Eleitoral no país foram derrame de santinhos, boca de urna e notícias falsas.

PGR
Publicada em 08 de outubro de 2018 às 10:22
Raquel Dodge afirma que sistema de apuração é confiável e que resultado reflete escolha dos eleitores

Procuradora-Geral Eleitoral, Raquel Dodge, participa de coletiva ao lado da presidente do TSE, do presidente do STF, do ministro da Segurança Pública e de outras autoridades. Foto: Antônio Augusto

No fim da tarde de ontem (7), em visita ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE/DF), a procuradora-geral Eleitoral, Raquel Dodge, voltou a afirmar que o sistema de apuração eletrônico usado no Brasil é confiável e que o resultado reflete a escolha dos eleitores. Nos últimos dois dias, a PGE participou de várias atividades para atestar a lisura do processo eleitoral. Em todas as oportunidades, reiterou a segurança do sistema, ”A população brasileira pode estar segura que os equipamentos funcionam adequadamente. A Justiça Eleitoral tem um sistema confiável de votação”, ressaltou.

Ao destacar o número reduzido de ocorrências - tanto as relacionadas a condutas de candidatos e eleitores quanto as que envolveram defeito nos equipamentos de apuração -, Raquel Dodge frisou que não houve nada grave capaz de influenciar a vontade do eleitor e o resultado das urnas. Levantamento preliminar do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) revela que a prática de boca de urna e o derrame de santinhos em locais próximos às seções de votação foram os crimes mais frequentes. As ocorrências serão apuradas pelo MP Eleitoral em procedimentos a serem instaurados nos próximos dias. Na internet, o principal problema foi a proliferação de notícias falsas, sobretudo questionando a segurança das urnas eletrônicas.

O fenômeno fake news foi um dos temas abordados na coletiva que marcou o encerramento do primeiro turno das eleições. Pouco depois das 21 horas, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, informou que os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad disputarão o segundo turno da eleição presidencial, em 28 de outubro.

Acompanhada da PGE, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e de outras autoridades, a ministra enfatizou o clima de tranquilidade que marcou a votação em todo o país. Ela agradeceu o apoio do MP Eleitoral e também reiterou a segurança do sistema eletrônico de apuração. "O nosso sistema é auditável. Se forem apresentadas impugnações, temos como fazer a verificação dos nossos equipamentos”, frisou a ministra, lembrando que nunca houve comprovação de que o sistema tenha sido fraudado.

Votação paralela - Pouco antes do fim da votação, Raquel Dodge acompanhou a auditoria realizada no sistema de apuração eletrônica no TRE/DF. Trata-se de uma votação paralela, sem validade, em que três urnas de cada estado são escolhidas aleatoriamente para serem auditadas. A escolha é feita por meio de sorteio realizado um dia antes do pleito para evitar fraudes.

O procedimento feito no dia da eleição é a última etapa da auditoria que começou com a coleta antecipada de votos em cédulas de papel e que foram armazenados pela Justiça Eleitoral em urnas de lona. Ao longo do domingo, servidores do Judiciário incluíram nas urnas eletrônicas sorteadas as informações constantes nos votos em papel, em processo registrado por câmeras. Concluído o procedimento, o resultado obtido nas urnas correspondeu ao da votação em papel, confirmando a confiabilidade da urna eletrônica.

O processo, que ocorreu nas 27 unidades da federação do país, contou com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, do Ministério Público e de partidos políticos. Essa auditoria é uma novidade das eleições deste ano e busca atestar a segurança do sistema de apuração.

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