Reajuste no valor de combustíveis em Rondônia se deve a política de preços da Petrobrás

Na verdade, os aumentos derivam muito mais da política de preços da Petrobrás e outros fatores externos

Assessoria
Publicada em 13 de março de 2022 às 00:41
Reajuste no valor de combustíveis em Rondônia se deve a política de preços da Petrobrás

Porto Velho, Rondônia - Ao contrário do que muita gente imagina ou mesmo propaga, o impacto de ações do governo do Estado com relação aos reajustes de combustíveis é muito menor do que se quer fazer acreditar.

Na verdade, os aumentos derivam muito mais da política de preços da Petrobrás e outros fatores externos, como acontece atualmente em decorrência da guerra na Europa, não tendo neste momento impacto algum relacionado ao ICMS.

Isso porque desde novembro passado o Estado de Rondônia não atualiza a base de cálculo do tributo que incide sobre os combustíveis, justamente em virtude da visão da administração atual em buscar minimizar as consequências da crise econômica à população.

Portanto, em Rondônia ainda está se cobrando o valor do ICMS sobre o preço praticado em outubro. Outro fator que é preciso que se saiba é que o percentual do tributo é o mesmo desde 2.015.

Então, por que aumenta tanto o preço dos combustíveis?

A causa do aumento constante do preço dos combustíveis é a política de preços da Petrobras. A estatal repassa para o preço no país, cobrado nas refinarias, todas as oscilações do mercado internacional, resultantes do preço do barril do petróleo e da cotação do dólar.

Neste momento, o conflito entre Rússia e Ucrânia trouxe agravamento no preço internacional do barril do petróleo, cuja média histórica girava em torno de US$ 80 e chegou a atingir US$ 135 na semana passada, causando consequências drásticas à economia mundial.

Fundo de Estabilização

Para conter a escalada, nesta semana o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei 1472, que cria um fundo de estabilização, visando reduzir a volatilidade dos preços da Petrobrás no futuro.

O fundo receberá os lucros que a Petrobras paga para o Governo Federal, bem como recursos oriundos de royalties do petróleo, entre outras fontes, visando subsidiar o preço dos combustíveis, quando o preço do barril do petróleo ultrapassar a média histórica, numa forma de amenizar o efeito dessa política de preços da estatal.

Em Rondônia

O Estado de Rondônia garante que continuará contribuindo para mitigar o efeito da escalada do preço dos combustíveis, mantendo o congelamento da base de cálculo dos combustíveis, enquanto trabalha junto ao CONFAZ para adotar a nova metodologia de cálculo do ICMS prevista no Projeto de Lei Parlamentar 11/2021, que estabelece um valor fixo em reais por litro a ser cobrado em uma única vez, na refinaria, e não mais em um percentual sobre o preço.

Gás de Cozinha

Com relação a este importante insumo, vital para a sobrevivência digna de todos, a medida recentemente adotada pela União de zerar o PIS/COFINS incidentes sobre a importação do gás de cozinha visa evitar o desabastecimento do produto no país.

Com a elevação dos preços do mercado internacional, tem havido dificuldades na importação do produto, e para facilitar a importação, então, além do aumento do preço no país, recentemente anunciado pela Petrobras, de 16,1%, também houve essa desoneração nas importações, visando evitar uma crise maior que, porém, não tem o efeito de reduzir o preço para o consumidor.

O que tem sido feito pelo Governo do Estado é manter a base de cálculo do ICMS sobre o gás de cozinha congelado desde novembro de 2021, ou seja, o valor do ICMS não tem aumentado conforme os reajustes dados pela Petrobras.

Isso faz com que o Estado contribua com o esforço de evitar um mal maior com o aumento desses preços e que a população tenha acesso ao gás de cozinha.

Comentários

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    Carlson Lima 14/03/2022

    Mario Roberto boa tarde. Desde quando, a imprensa brasileira e a imprensa de Rondônia tem vontade própria? Parabéns pelo comentário.

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    Mario Roberto 14/03/2022

    O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, nada justifica posto de gasolina funcionar como casa de câmbio, a discussão sobre imposto etc, é pífia e sem fundamento, pois na verdade os brasileiros não podem pagar dividendo aos acionistas da Petrobrás e ao próprio governo federal. Falta maior profundidade na discursão e convido a imprensa brasileira a investigar melhor o assunto. O Ministério Público, data vênia, tem que entrar no caso urgentemente, isso tem que parar.

  • 3
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    edgard feitosa 14/03/2022

    bostanaro, cínico, hipócrita e mentiroso cacarejava que os governadores, através do ICMS, era responsável pela alta dos combustíveis; ora, a questão é simples: A ALÍQUOTA DO ICMS É FIXA; nenhum govenador aumenta o percentual do ICMS; se o preço do petróleo sobe, em razão do dólar, o percentual do ICMS cobrado será maior; caso o preço em dólar tenha queda, o valor incidente será menor; mas os governadores com "medinho" do bostanaro e do gado manipulado, "congelaram", não a alíquota (que é fixa), mas a base de cálculo; mera demagogia, pois o preço dos combustíveis só aumentou; e, consequentemente, os estados tiveram grandes perdas em sua arrecadação; porém, como vociferou bostanaro na ONU: a "Petrobrás no governo do PT era deficitária, hoje em nosso governo gera bilhões em lucro"; e os paspalhos, aprendizes de capitalistas, sonham em comprar ações da Petrobrás, querendo assim encher os bolsos de dinheiro; raros lucram, aqueles que sabem manipular o mercado de ações; os paspalhos "entesouram" míseras quantidades de ações da Petrobrás, mas perdem muito mais com os altíssimos preços dos combustíveis...........

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    Carlson Lima 13/03/2022

    O aumento geral de preços no país é de responsabilidade do Presidente da República e sua equipe econômica. Estados e municípios seguem o bonde ferrando servidores públicos e população em geral. 02 de outubro de 2022 ou vc acorda ou vc vai continuar pegando bem caro pela gasolina e os demais combustíveis.

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