Record demitirá jornalista Adriana Araújo por críticas a Bolsonaro
A profissional foi por 14 anos âncora do Jornal da Record e foi afastada da função em junho de 2020, após criticar o governo Jair Bolsonaro, em sua rede social, sobre a transparência no combate á Covid-19
Após 15 anos na Record, a jornalista Adriana Araújo, 47, deixará a emissora em março, data em que seu atual contrato se encerra. A renovação do compromisso é dada como "muito improvável" dentro da diretoria. A informação é do portal Na Telinha.
A profissional foi por 14 anos âncora do Jornal da Record e foi afastada da função em junho de 2020, após criticar o governo Jair Bolsonaro, em sua rede social, sobre a transparência no combate á Covid-19.
Dentro da emissora paulista, já existe o nome para substituir Adriana Araújo no comando do Repórter Record Investigação, programa que assumiiu depois de ter sido afastada do Jornal da Record. Segundo Sandro Nascimento, editor do Na Telinha, Adriana Araújo é popular entre os colegas e o clima na redação já é de despedida. Antes de migrar para a Record, em 2006, a jornalista trabalhou por onze anos na Globo.
No dia 05 de junho do ano passado, Adriana Araújo fez duras críticas a Jair Bolsonaro sobre a transparência do governo no enfrentamento da Covid-19: "Estou passando aqui fora de hora porque, pelo segundo dia seguido, os dados da pandemia do coronavírus não saíram a tempo do jornal. Como esse é um dado relevante demais. É uma questão de saúde pública saber o que está acontecendo no Brasil agora é muito importante para todos nós. Estou passando aqui porque os dados saíram agora há pouco, depois de 10 da noite”. No post, ela destacou a morte de 1473 pessoas ocorrida nas 24 horas antes do dia 5.
A postagem incomodou o alto comando da emissora do Bispo Edir Macedo, que vem adotando uma linha editorial submissa a Bolsonaro. O próximo destino de Araújo na televisão deve ser a CNN Brasil.
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