Record proíbe âncoras de emitirem opinião, após ser chamada de comunista por assessor de Bolsonaro

Depois que a âncora do Fala Brasil, da Rede Record, Mariana Godoy, classificou a live de Jair Bolsonaro sobre a “fraude” da urna eletrônica como “bizarra”, a emissora proibiu os âncoras de emitirem opiniões

Brasil 247
Publicada em 03 de agosto de 2021 às 13:32
Record proíbe âncoras de emitirem opinião, após ser chamada de comunista por assessor de Bolsonaro

Mariana Godoy e Bolsonaro com Max Guilherme (Foto: Reprodução)

247 e Portal Forum - Depois que a âncora do Fala Brasil, da Rede Record, Mariana Godoy, classificou a live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a “fraude” da urna eletrônica como “bizarra”, a emissora proibiu os âncoras de emitirem opiniões. A determinação da Record proíbe inclusive "expressões faciais" que possam ser consideradas opinativas.

O vídeo com a fala da jornalista viralizou nas redes e claro, chegou aos corredores da Record. A fala de Mariana Godoy foi compartilhada pelo assessor do presidente Jair Bolsonaro, Max Guilherme, que respondeu à Godoy dizendo “bizarra é você” e, em seguida, acusou a Record de ser “comunista”.

Veja e vídeo de Godoy:

De acordo com o jornalista Ricardo Feltrin, a Record emitiu comunicado para todos os jornalistas da casa: “ninguém deve comentar notícias, exceto comentaristas pagos esse fim”.

Emissora já demitiu jornalista por críticas a Bolsonaro 

Em janeiro de 2021, a emissora demitiu a jornalista Adriana Araújo, após 14 anos de casa, após a profissional disparar críticas a Bolsonaro. No dia 5 de junho de 2020, Araújo fez duras críticas ao mandatário sobre a transparência do governo no enfrentamento da Covid-19: "Estou passando aqui fora de hora porque, pelo segundo dia seguido, os dados da pandemia do coronavírus não saíram a tempo do jornal. Como esse é um dado relevante demais. É uma questão de saúde pública saber o que está acontecendo no Brasil agora é muito importante para todos nós. Estou passando aqui porque os dados saíram agora há pouco, depois de 10 da noite”. No post, ela destacou a morte de 1473 pessoas ocorrida nas 24 horas antes do dia 5.

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