Recorde: R$ 9,6 bi do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte foram aplicados na região
Pela primeira vez na história, Banco da Amazônia inicia o mês de setembro com 90% dos recursos previstos para o FNO já aplicados
No período de janeiro a agosto deste ano, R$ 9,6 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) foram aplicados na região. O montante compreende 90% dos recursos do Banco da Amazônia (Basa) destinados para o FNO no exercício de 2022. O Basa é um dos responsáveis por gerir o fundo na região Norte.
São mais de 24 mil contratos que atenderam empreendedores de todos os municípios do Norte. No ano passado, segundo o Basa, foram 22 mil contratos de janeiro a dezembro e, neste ano, a expectativa é chegar ao último mês com 42 mil contratos.
O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) é o principal instrumento de políticas públicas do Norte do país e os créditos destinados às prioridades do governo federal e ao desenvolvimento regional bateram recordes em 2022.
Márcia Mithie Kitagawa, gerente executiva de planejamento do Basa, explica que a maior capilaridade e a abrangência dos recursos, além de uma modernização na plataforma de negócios do banco, possibilitaram os números recordes e ajudaram mais empreendedores da região.
“Os motivos principais são a disponibilidade, a presença do Banco da Amazônia e do FNO nos 450 municípios da Região Norte, então, atendemos integralmente toda a região. E a competitividade. As taxas do FNO, abaixo da Selic, sendo uma das menores do mercado, tem realmente uma atratividade e tem esse intuito de ofertar aos nossos empreendedores regionais uma taxa competitiva para eles se colocarem no mercado”, destaca Kitagawa.
Dos R$ 9,6 bilhões aplicados, R$ 5,8 bilhões foram destinados aos mini e pequenos empreendedores rurais e urbanos, o que também foi um número recorde. A gerente de planejamento do Basa ressalta que além de esse público-alvo ser uma prioridade das políticas públicas, ele tem grande importância social e econômica para a região.
“É a micro e pequena empresa, é o empreendedor individual, o agricultor familiar que formam a grande base da economia regional. Então, apoiá-los com financiamento do FNO permite com que esses empreendedores iniciem suas atividades, ou que tenham capital de giro para manutenção dos seus empreendimentos, ou ainda que modernizem ou ampliem seus negócios. Isso gera um ciclo de impactos positivos na economia local”, destaca.
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Segundo levantamento do Banco da Amazônia, os R$ 5,8 bilhões aplicados nos micro e pequenos empreendimentos por meio do FNO vão gerar, no ciclo de implantação dos financiamentos, uma média de 327 mil postos de trabalho na região.
Sustentabilidade
O FNO também tem ajudado a deixar os empreendimentos da região mais sustentáveis. Neste ano, R$ 7,1 bilhões foram destinados à linha de crédito FNO Verde, que desde 2021 apoia o desenvolvimento de negócios como energia renovável, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de áreas degradadas, sistemas agroflorestais, dentre outros projetos sustentáveis. Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 208% nos projetos financiados com linhas verdes.
Márcia explica que o FNO responde por mais de 60% do crédito de fomento em uma região que tem como vocação principal o agronegócio, atividade com grande exposição ao risco socioambiental e climático. Por isso, a nova linha foi lançada, com o intuito de promover práticas sustentáveis e aumentar a ecoeficiência dos empreendimentos rurais e urbanos.
“Com esse principal instrumento de políticas públicas, que é o FNO, a gente dissemina esses conceitos e estabelece condições diferenciadas de taxas e prazos para esses empreendedores que acabam implementando práticas mais sustentáveis em seus empreendimentos”, conta a gerente do Basa.
Entre os valores contratados junto ao fundo, outros R$ 520,1 milhões foram destinados a projetos amparados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
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