Rei Pelé: senadores celebram 80 anos do ex-atleta que batiza lei do desporto

Edson Arantes do Nascimento nasceu em 23 de outubro de 1940 e já foi ministro extraordinário do Esporte

Fonte: Agência Senado
Publicada em 23 de outubro de 2020 às 17:55
Rei Pelé: senadores celebram 80 anos do ex-atleta que batiza lei do desporto

Neil Rasmus/BFAnyc.com

Senadores prestaram homenagens nesta sexta-feira (23) ao único rei possível em uma república: Pelé. No dia em que Edson Arantes do Nascimento completa 80 anos, parlamentares recordaram encontros com o ex-jogador e destacaram o legado do atleta. Além de ostentar títulos e prêmios na carreira no futebol, Pelé — "o brasileiro mais famoso do mundo" — também batiza uma lei que passou por mais de dois anos de discussão no Congresso. 

“O rei do futebol, o brasileiro mais conhecido no mundo, está completando 80 anos. Querido Pelé”, escreveu o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) em suas redes sociais.

Eduardo Braga (MDB-AM) publicou foto de 2009 em que aperta uma das mãos de Pelé ao lado do então presidente da Fifa, Joseph Blatter, em um anúncio sobre a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil. 

"Vida longa ao rei! Edson Arantes do Nascimento, nosso grande Pelé, ícone do futebol mundial, completa 80 anos hoje. Desejamos muita saúde ao eterno camisa 10", escreveu Braga.

Ex-jogador de futebol e atual senador pelo Rio de Janeiro, Romário (Podemos) foi um dos parlamentares a parabenizar Pelé pelo aniversário. 

“Falar do Pelé para mim é muito simples e muito fácil. Ele simplesmente foi o melhor de todos. Em relação a dentro do campo, ele é o atleta do século e a gente tem que verdadeiramente tirar o chapéu. Simplesmente gênio”, declarou Romário em vídeo publicado em uma rede social.

Senador e jornalista, Lasier Martins (Podemos-RS) disse que teve o privilégio de acompanhar, em 19 de novembro de 1969, o milésimo gol de Pelé. Lasier estava na beira do gramado do Maracanã, durante partida entre Santos e Vasco. Após o gol de pênalti, Lasier cercou Pelé junto com outros jornalistas e acompanhou o discurso do então jogador em defesa das "criancinhas pobres". 

"Pelé é a maior referência pessoal do Brasil pelo mundo. Tive o privilégio de estar no Maracanã em 19 de novembro de 1969 e participar da entrevista de Pelé após seu milésimo gol. Minha admiração por ele cresceu ainda mais por ter participado daquele evento histórico", recordou o senador em suas redes sociais ao dar os parabéns ao agora octogenário.

José Serra (PSDB-SP) lembrou da construção do Museu Pelé, em Santos, e afirmou que o ex-camisa 10 da seleção e do Santos transformou o esporte.

"Parabéns, Pelé! Nosso eterno rei, que mudou a história do futebol! Relembro os momentos em que estivemos juntos para tratar da construção do Museu Pelé, em Santos, quando eu era governador de São Paulo. Para mim foi uma honra ajudar a viabilizá-lo".

Segundo Alvaro Dias (Podemos-PR), os brasileiros têm muito a agradecer ao ex-jogador, que tem no currículo três Copas do Mundo pela seleção brasileira.

“Os brasileiros agradecem todos os gols e a grande história de sucesso que ele proporcionou não só ao futebol brasileiro, mas ao esporte de todo o mundo. Viva o atleta do século. Muitas felicidades”.

Esperidião Amin (PP-SC) também publicou uma foto ao lado de Pelé e escreveu: "Minhas felicitações aos 80 anos do rei do futebol, Pelé. Muita saúde e paz!".

Lei Pelé

Gênio dentro de campo, Edson Arantes do Nascimento também deu sua contribuição para o desenvolvimento do esporte fora dele. Uma das facetas menos comentadas na biografia de Pelé aparece no período entre 1995 e 1998, quando foi ministro extraordinário do Esporte na pasta criada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. No diálogo com o Congresso Nacional, Pelé conseguiu a aprovação da Lei 9.615/98, batizada de Lei Pelé. 

A norma estabeleceu regras gerais sobre a prática do esporte no Brasil. A principal mudança foi a extinção da figura do passe nos contratos dos jogadores de futebol com os clubes. A ideia era dar maior liberdade nas relações entre atletas e clubes. O texto, que tramitou no Senado como PLC 78/1997, foi definitivamente aprovado pelos senadores em fevereiro de 1998. 

Antes da votação no Senado, Pelé se reuniu com líderes partidários para fechar acordo em torno da votação da matéria e evitar que o projeto retornasse à Câmara dos Deputados. No Plenário, Sebastião Rocha, que era senador pelo PDT do Amapá, afirmou que o ministro Pelé fez um "gol de placa" com a iniciativa da lei.

José Eduardo Dutra, então senador pelo PT de Sergipe, destacou o acordo entre governo e oposição para aprovação do texto, enquanto José Ignácio, que era senador pelo PSDB do Espírito Santo, questionou por que o Senado não poderia desempenhar o papel de casa revisora, conforme reportagem publicada na edição do dia 12 de fevereiro daquele ano no Jornal do Senado.

Diversas alterações aconteceram durante os mais de 20 anos de vigência da lei — e uma série de projetos em tramitação pedem novas revisões. O mais recente, o PL 5.004/2020, foi protocolado pelo senador Romário (Podemos-RJ) nesta quinta-feira (22). Essa proposta visa proibir a punição a atletas por manifestação política.

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