Reinaldo: indicação de filho é humilhação para Itamaraty e desprezo por Araújo
"Não! Eduardo não será embaixador se a maioria do Senado não quiser"
O jornalista Reinaldo Azevedo comenta a respeito de Bolsonaro sinalizar que indicará seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Brasil nos EUA; "É humilhação para Itamaraty e desprezo por Araújo", constata (Foto: Reprodução | Câmara)
O jornalista Reinaldo Azevedo, em sua coluna no UOL, comenta a respeito de Bolsonaro sinalizar que indicará seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Brasil nos EUA.
"A escolha feita por Bolsonaro constitui uma óbvia humilhação para o Itamaraty e revela também o desprezo que sente por Ernesto Araújo, o chanceler, ainda que este se mostre um entusiasta da ideia. Tem escolha? Eis, de resto, uma personagem que tem pouco a dizer sobre meritocracia. Afinal, embora pertença aos quadros do Itamaraty, o cargo de ministro das Relações Exteriores está muito além das suas sandálias".
"Não! Eduardo não será embaixador se a maioria do Senado não quiser. Mas é preciso ver se há disposição para ficar com a coluna ereta. O indicado tem de ser sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), e seu nome, depois, é submetido a escrutínio secreto. Precisa ter ao menos 42 votos favoráveis — metade mais um do colegiado, composto de 81 membros."
"Jurisprudência do Supremo não considera nepotismo a indicação de parentes para cargos políticos quando estes também são políticos. Mas é evidente que um presidente indicar o próprio filho para titular de uma embaixada é sinal de incultura democrática, típica de autocracias e ditaduras".
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