Reintrodução de Jabutis-tingas é bem-sucedida

Há registros de jabutis colocando ovos e consumindo diversas espécies de plantas no Parque Nacional da Tijuca

ICMBIO
Publicada em 26 de março de 2020 às 11:20
Reintrodução de Jabutis-tingas é bem-sucedida

Jabutis se adaptam bem no Parque da Tijuca. (Foto:Carolina Starling)
Os novos moradores do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, que chegaram em janeiro, estão se adaptando muito bem ao novo lar. São os jabutis-tinga, que têm papel importante na dispersão de sementes, contribuindo para a renovação da floresta. Segundo os pesquisadores, há registros de jabutis colocando ovos e consumindo diversas espécies de plantas.

Em julho deste ano, outros 32 animais da espécie serão liberados no Parque. A iniciativa faz parte do Projeto Refauna, que tem como um de seus objetivos reintroduzir espécies de animais que foram extintas do Parque Nacional da Tijuca. A iniciativa, que envolve três universidades (UFRJ, UFRRJ e IFRJ), teve início em 2010 com a reintrodução de cutias (Dasyprocta leporina). O projeto não quer apenas reconstruir a fauna de uma floresta vazia, mas também as interações ecológicas que foram perdidas junto com esses animais.

O projeto já reintroduziu quatros diferentes espécies em áreas de preservação e reflorestamento da Mata Atlântica: cutias, bugio-ruivos, antas e jabutis. Primeira a ser reinserida, a cutia já é considerada estabelecida, e toda a população encontrada hoje no Parque da Tijuca nasceu no local. Após a liberação na mata, os animais são monitorados, por meio de chip e radiotransmissor únicos, para avaliar suas interações com o ambiente.

Iniciativas de reintrodução também são realizadas por outros projetos pelo país. A da ararinha-azul, por exemplo, é fruto de um acordo entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP). Os animais chegaram ao Brasil no início de março e passam agora por um período de adaptação, no Centro de Reprodução e Soltura, em Curaçá, na Bahia, para em breve serem liberados na natureza.

* Com informações de O Globo

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