“Religiosos de passeata” também no protesto

Padres, leigos, freiras: a presença da igreja católica nas manifestações populares.

Lúcio Albuquerque, repórter
Publicada em 01 de julho de 2017 às 10:30
“Religiosos de passeata” também no protesto

A 80 metros da manifestação , o mendigo talvez precisasse mais do apoio dos religiosos do que os manifestantes

Pessoas que se encontravam na praça das Caixas d’Água ontem, e que viveram o período de 1964, chegaram a lembrar dos “padres de passeata”, normalmente dominicanos e de outras ordens religiosas católicas que estavam presentes em todas as manifestações, alguns deles sendo presos e torturados.

Ontem representantes de pastorais, com camisetas identificadoras ou faixas – como a do Cárcere, estavam entre os manifestantes, carregando cartazes, como as risonhas freiras, algumas bem no meio do grupo enquanto outras mais afastadas.

E quando se formou o cortejo, religiosos ou leigos de pastorais se colocaram dentre o grupo, prontas para a caminhada debaixo daquele sol muito forte da manhã de ontem.

A menos de 100 metros, num terreno abandonado na esquina da Rogério Weber com a Dom Pedro II, um mendigo sentado em meio ao lixo ouvia sem se preocupar com o som, os discursos dos oradores que se revezavam na praça.

 Duas mulheres que aparentemente não estavam na manifestação mas só passaram por lá comentaram que os religiosos e os membros das pastorais talvez fossem mais úteis se ajudassem mendigos como aquele.        

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