Representantes da comunidade surda visitam EFMM e fazem sugestões

Prefeito já determinou ao Secretário Municipal de Educação (Semed) a contratação de intérpretes

Comdecom
Publicada em 14 de dezembro de 2020 às 09:53
Representantes da comunidade surda visitam EFMM e fazem sugestões

Representantes da comunidade surda de Rondônia foram recebidos pelo presidente da Fundação Cultural do Município (Funcultural), Ocampo Fernandes e também pelo secretário de Governo, Devanildo Santana, para apresentação do novo Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e verificação de parte das demandas que possibilitam a inclusão deste público.

No passeio, liderado pelo presidente da Associação dos Surdos de Rondônia, Geovane Vasconcelos e do presidente da Associação dos Surdos de Porto Velho, Danilo Ramos, o presidente da Funcultural e também historiador detalhou os investimentos, propostas e a história da Estrada de Ferro.

A visita, segundo Devanildo Santana, foi motivada a partir de um pedido do representante municipal da comunidade ao prefeito, Hildon Chaves, para que houvesse uma interlocução entre a administração e os surdos e para que eles sejam melhor compreendidos nas repartições que prestam serviços ao munícipe e pela sociedade no geral.

“Sabemos das limitações existentes. Hoje um surdo encontra dificuldades na comunicação em diversos setores. Um exemplo prático é a busca por atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Então o prefeito quer a presença dos representantes na gestão para entender melhor as necessidades e como solucioná-las dentro das possibilidades”, explicou Santana ao detalhar que um mecanismo está sendo estudado para resolução destes problemas, uma espécie de call center.

Santana ainda reforçou que o prefeito já determinou ao Secretário Municipal de Educação (Semed) a contratação de intérpretes.

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, Porto Velho tem aproximadamente 8 mil surdos. Em todo o estado são cerca de 30 mil. “Em Porto Velho falta acessibilidade em muitos lugares, existe a falta de comunicação. O surto torna-se dependente e nós queremos independência, por isso clamamos pela Central de Libras. Precisamos de uma estratégia, sabemos das barreiras, mas podemos trabalhar juntos, eu acredito nas mudanças”, manifestou Danilo Ramos, que complementou elogiando a reforma do espaço.

O presidente da Funcultural por sua vez deu sugestões como uma parceria com a comunidade surda para que participem e ocupem o espaço da EFMM por meio da Central de Atendimento ao Turista (CAT) que será instalado em breve na praça. “Precisamos de uma equipe de interação com os visitantes. Vai ser possível sim uma ocupação deles aqui dentro”, finalizou.

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