Resenha Política, por Robson Oliveira

ATIVO - Desde a posse, Léo Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa nas secretarias com mais gargalos a serem resolvidos, a exemplo da saúde e alagações

Fonte: Robson Oliveira - Publicada em 07 de janeiro de 2025 às 15:53

Resenha Política, por Robson Oliveira

REFORMA

A reforma administrativa feita pelo prefeito eleito, Léo Moraes, reflete a forma pela qual pretende administrar a capital pelos próximos quatro anos, de forma ágil, austera e enxuta. Cada prefeito eleito escolhe a estrutura administrativa ideal para colocar em prática as propostas que o eleitor aprovou nas urnas.

LOROTA

É uma bobagem a reação dos setores da direita e da esquerda contra a estrutura burocrática que o prefeito optou. O que interessa em última análise são as políticas públicas que vão ser implementadas. Estas sim devem ser avaliadas quando colocadas em prática. Não importa o meio, se dentro da legalidade, mas é fundamental que o resultado seja aquele que atenda à maioria da população. A crítica contra a reforma é lorota de quem não tem o que fazer.

CONTRADIÇÃO

Não há nenhuma incompatibilidade em reunir na mesma estrutura a pasta ambiental e a agrícola. Contradição é quem enxerga ambas de forma divergente. Não há antagonismo porque é justificável compatibilizar o desenvolvimento agrícola com o equilíbrio ambiental. Aliás, as políticas das duas pastas devem e têm que estar em compatibilidade uma com a outra para que nossa produção não sofra restrições internacionais em sua comercialização e, além disso, possa garantir a preservação das riquezas naturais. Quem percebe aí antagonismo é no mínimo contraditório. Para não taxar de burro.

ATIVO

Desde a posse, Léo Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa nas secretarias com mais gargalos a serem resolvidos, a exemplo da saúde e alagações. A energia com que o prefeito tem agido nesses primeiros dias de governo denota a preocupação em fazer uma gestão longe do gabinete e mais perto do cidadão.

DIFERENÇAS

É um desafio hercúleo para Leo atuar politicamente e ativamente dessa forma por quatro anos, principalmente ao suceder um antecessor que manipulou as mídias de forma competente e que catapultou uma administração cosmética a boa aprovação. Mas se depender da sua disposição os problemas de fundo serão enfrentados com coragem e determinação, mesmo que neste início não apareçam tanto quanto asfalto. As diferenças entre o prefeito que saiu e o que entrou não estão apenas na forma, mas também no entendimento dos resultados. Embora ambos sejam parecidos no manejo das mídias sociais.

EVIDÊNCIAS

Quem começa o ano novo com força política anabolizada pelas eleições municipais é o atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz. Elegeu quatro vereadores em Porto Velho e repetiu o mesmo desempenho em vários municípios. Marcelo Cruz é aquele político que muitos setores torciam o nariz e esperavam que se esborrachasse na condução da Assembleia Legislativa, mas conclui o mandato presidencial com muitos elogios dos pares e vários feitos legislativos a comemorar, entre eles, ao barrar o aumento da alíquota dos impostos que o governador tentou impor por meio de lei. As evidências indicam que Cruz pode almejar voos mais altos.

PERFIL

Marcelo Cruz não é um santo em política, também não é aquele belzebu que falavam por aí. Na condução da Assembleia Legislativa se revelou um operoso administrador e nos dois anos na presidência não jogou a instituição no lodaçal que anos atrás frequentava. Tem um perfil de conciliação que caracterizou como a principal marca de sua gestão no Poder Legislativo Estadual. Além da austeridade.

PRTB

Em contato com a coluna, Marcelo Cruz informou que vai preparar o partido (PRTB) para disputar o Governo de Rondônia, Senado, Deputado Federal e Estadual. Para tanto, mantém contatos com várias lideranças municipalistas visando as filiações. O prefeito Fúria, do PSD Cacoal, é uma das lideranças contatadas para ingressar na legenda e ser o candidato a governador. O próprio Cruz não descarta a disputa senatorial, embora outros prefeitos e ex-prefeitos estão sendo convidados, a exemplo de Hildon Chaves.

REPUBLICANOS

Depois de anos presidindo o MDB o deputado federal Lúcio Mosquini deverá se desfilar do partido para ingressar no Republicanos, após conversa reservada com Marcos Pereira que dirige nacionalmente a legenda. Não será surpresa que o Republicanos seja a legenda que mais cresça nos próximos meses. O ex-senador Valdir Raupp é mais uma personalidade convidada para ingressar.

VIVO

Quem contava com o fim eleitoral do senador Confúcio Moura (MDB) nas eleições de 2026 pode tirar o cavalinho da chuva. O senador está vivíssimo e tem se movimentado nos bastidores como uma alternativa ao governo estadual. Há aqueles engajados no extremismo que apostam todas as fichas no eventual naufrágio do emedebista. Como é um político com maior expertise eleitoral em atividade no estado, apostar contra quem conhece as curvas dos rios e as urnas é navegar contra a correnteza e um risco enorme de perder as fichas. Olho vivo, Moura quer suceder a Marcos Rocha.

DESGASTE

Com os problemas judiciais alcançando os colaboradores mais próximos e de intimidade familiar, Marcos Rocha começa 2025 com a pior avaliação dos cinco anos de governo. O desgaste governamental é evidente e tende a aumentar caso novas operações policiais ocorram contra o governo, mas o problema maior para uma eventual candidatura ao Senado está por vir, caso ele não assuma uma direção partidária para ancorar seu pleito. Quem não é “dono” de um partido, não é dono do próprio destino eleitoral.

RODOVIÁRIA

No final do ano virou uma guerra de liminares a inauguração da rodoviária de Porto Velho, obra mais vistosa da administração passada. Esta coluna teve acesso aos relatórios preliminares e das terceirizações, como é muita informação para ser interpretada, o tema ficará para a próxima coluna.

Resenha Política, por Robson Oliveira

ATIVO - Desde a posse, Léo Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa nas secretarias com mais gargalos a serem resolvidos, a exemplo da saúde e alagações

Robson Oliveira
Publicada em 07 de janeiro de 2025 às 15:53
Resenha Política, por Robson Oliveira

REFORMA

A reforma administrativa feita pelo prefeito eleito, Léo Moraes, reflete a forma pela qual pretende administrar a capital pelos próximos quatro anos, de forma ágil, austera e enxuta. Cada prefeito eleito escolhe a estrutura administrativa ideal para colocar em prática as propostas que o eleitor aprovou nas urnas.

LOROTA

É uma bobagem a reação dos setores da direita e da esquerda contra a estrutura burocrática que o prefeito optou. O que interessa em última análise são as políticas públicas que vão ser implementadas. Estas sim devem ser avaliadas quando colocadas em prática. Não importa o meio, se dentro da legalidade, mas é fundamental que o resultado seja aquele que atenda à maioria da população. A crítica contra a reforma é lorota de quem não tem o que fazer.

CONTRADIÇÃO

Não há nenhuma incompatibilidade em reunir na mesma estrutura a pasta ambiental e a agrícola. Contradição é quem enxerga ambas de forma divergente. Não há antagonismo porque é justificável compatibilizar o desenvolvimento agrícola com o equilíbrio ambiental. Aliás, as políticas das duas pastas devem e têm que estar em compatibilidade uma com a outra para que nossa produção não sofra restrições internacionais em sua comercialização e, além disso, possa garantir a preservação das riquezas naturais. Quem percebe aí antagonismo é no mínimo contraditório. Para não taxar de burro.

ATIVO

Desde a posse, Léo Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa nas secretarias com mais gargalos a serem resolvidos, a exemplo da saúde e alagações. A energia com que o prefeito tem agido nesses primeiros dias de governo denota a preocupação em fazer uma gestão longe do gabinete e mais perto do cidadão.

DIFERENÇAS

É um desafio hercúleo para Leo atuar politicamente e ativamente dessa forma por quatro anos, principalmente ao suceder um antecessor que manipulou as mídias de forma competente e que catapultou uma administração cosmética a boa aprovação. Mas se depender da sua disposição os problemas de fundo serão enfrentados com coragem e determinação, mesmo que neste início não apareçam tanto quanto asfalto. As diferenças entre o prefeito que saiu e o que entrou não estão apenas na forma, mas também no entendimento dos resultados. Embora ambos sejam parecidos no manejo das mídias sociais.

EVIDÊNCIAS

Quem começa o ano novo com força política anabolizada pelas eleições municipais é o atual presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz. Elegeu quatro vereadores em Porto Velho e repetiu o mesmo desempenho em vários municípios. Marcelo Cruz é aquele político que muitos setores torciam o nariz e esperavam que se esborrachasse na condução da Assembleia Legislativa, mas conclui o mandato presidencial com muitos elogios dos pares e vários feitos legislativos a comemorar, entre eles, ao barrar o aumento da alíquota dos impostos que o governador tentou impor por meio de lei. As evidências indicam que Cruz pode almejar voos mais altos.

PERFIL

Marcelo Cruz não é um santo em política, também não é aquele belzebu que falavam por aí. Na condução da Assembleia Legislativa se revelou um operoso administrador e nos dois anos na presidência não jogou a instituição no lodaçal que anos atrás frequentava. Tem um perfil de conciliação que caracterizou como a principal marca de sua gestão no Poder Legislativo Estadual. Além da austeridade.

PRTB

Em contato com a coluna, Marcelo Cruz informou que vai preparar o partido (PRTB) para disputar o Governo de Rondônia, Senado, Deputado Federal e Estadual. Para tanto, mantém contatos com várias lideranças municipalistas visando as filiações. O prefeito Fúria, do PSD Cacoal, é uma das lideranças contatadas para ingressar na legenda e ser o candidato a governador. O próprio Cruz não descarta a disputa senatorial, embora outros prefeitos e ex-prefeitos estão sendo convidados, a exemplo de Hildon Chaves.

REPUBLICANOS

Depois de anos presidindo o MDB o deputado federal Lúcio Mosquini deverá se desfilar do partido para ingressar no Republicanos, após conversa reservada com Marcos Pereira que dirige nacionalmente a legenda. Não será surpresa que o Republicanos seja a legenda que mais cresça nos próximos meses. O ex-senador Valdir Raupp é mais uma personalidade convidada para ingressar.

VIVO

Quem contava com o fim eleitoral do senador Confúcio Moura (MDB) nas eleições de 2026 pode tirar o cavalinho da chuva. O senador está vivíssimo e tem se movimentado nos bastidores como uma alternativa ao governo estadual. Há aqueles engajados no extremismo que apostam todas as fichas no eventual naufrágio do emedebista. Como é um político com maior expertise eleitoral em atividade no estado, apostar contra quem conhece as curvas dos rios e as urnas é navegar contra a correnteza e um risco enorme de perder as fichas. Olho vivo, Moura quer suceder a Marcos Rocha.

DESGASTE

Com os problemas judiciais alcançando os colaboradores mais próximos e de intimidade familiar, Marcos Rocha começa 2025 com a pior avaliação dos cinco anos de governo. O desgaste governamental é evidente e tende a aumentar caso novas operações policiais ocorram contra o governo, mas o problema maior para uma eventual candidatura ao Senado está por vir, caso ele não assuma uma direção partidária para ancorar seu pleito. Quem não é “dono” de um partido, não é dono do próprio destino eleitoral.

RODOVIÁRIA

No final do ano virou uma guerra de liminares a inauguração da rodoviária de Porto Velho, obra mais vistosa da administração passada. Esta coluna teve acesso aos relatórios preliminares e das terceirizações, como é muita informação para ser interpretada, o tema ficará para a próxima coluna.

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