Rol de crimes de Bolsonaro no caso das joias árabes humilha o País. Parece ficção; é realidade

Nenhum roteirista ficcional conseguiria escrever histórias tão surpreendentemente canalhas como essas da vida real bolsonarista, escreve Costa Pinto

Luís Costa Pinto
Publicada em 06 de março de 2023 às 10:36
Rol de crimes de Bolsonaro no caso das joias árabes humilha o País. Parece ficção; é realidade

Mais um escândalo envolvendo Michelle surge (Foto: ABR)

É muito difícil ser roteirista de ficção política no Brasil, atividade à qual tento me dedicar em tempo integral há uns quatro anos e não consigo. Nossa vida real é insuperável ante quase tudo o que uma mente criativa pode conceber. O episódio de um presidente, Jair Bolsonaro, e uma primeira-dama, Michelle, aceitando propina em joias e ouro de um déspota tirânico árabe é apenas a mais recente confirmação das durezas e vicissitudes do dia a dia de quem pretende ganhar a vida honestamente usando a ficção para especular sobre o que poderia ser a realidade. Aos fatos reais:

1.  O Governo brasileiro, sob Bolsonaro, aceita negociar uma refinaria de petróleo com o fundo de investimentos controlado pela família real da Arábia Saudita dias antes de Bolsonaro ir a Riad visitar o déspota.

2.  Na visita, o escroque repugnante que ocupava o cargo de presidente da República brasileira recebe de presente uma caneta de ouro, um relógio com caixa em ouro e mostrador em diamante, uma masbaha (espécie de rosário árabe) em ouro e brilhantes, um par de abotoaduras em ouro e diamantes e um anel igualmente cravejado de brilhantes. Para sua consorte, Michelle, é dado um outro conjunto composto por um colar com mais de uma centena de diamantes, brincos de brilhante e cinco anéis. Tudo da marca francesa Chopard, uma grife de joias que tem loja na sofisticadíssima Place Vendôme em Paris. Estimados em quase R$ 30 milhões de reais, os dois conjuntos arregalaram os olhos do ignóbil e vil casal presidencial brasileiro.

3.  Dois funcionários subalternos que acompanhavam a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro na Arábia Saudita são destacados para mocozarem* (*entocarem, esconderem) o carregamento ilegal de joias em suas bagagens na volta ao Brasil. Por quê? Porque, irregularmente, ferindo a Lei que os mandava declarar os “presentes” do tirano árabe como patrimônio do Estado brasileiro, eles tinham a intenção de transformar as joias em patrimônio pessoal.

4.  No desembarque no Brasil, o funcionário estatal que adentrou aqui, de volta, com o carregamento Chopard dado a Jair Bolsonaro não foi flagrado pelos funcionários da Receita Federal na alfândega do aeroporto internacional de São Paulo. Agora, procura-se essa caixa de ouro e joias que o ex-presidente escondeu em algum lugar.

Luís Costa Pinto

Luis Costa Pinto, jornalista, diretor da sucursal Brasília do Brasil 247 e vice-presidente da ABMD, Associação Brasileira de Mídia Digital

Comentários

  • 1
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    MARCOS 07/03/2023

    Localizado em sala em agência do Banco do Brasil, o acervo está guardado em 23 caixas lacradas desde janeiro de 2011 e inclui crucifixo que havia desaparecido do Planalto , levado por engano em 12 (doze) caminhões que fizerem a mudança de Lula. Lula e alma mais honesta do mundo.

  • 2
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    Francisco Ferreira 07/03/2023

    Alguém aí avise ao comentarista Sebastian que a Língua Portuguesa não aboliu as vírgulas.  Ademais, o cérebro bovino do Sebêsta bolsominion deve estar contaminado por aquilo que o Bostionaro também tem na cabeça. Cada jumento !!!

  • 3
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    Sebastian 07/03/2023

    É incrível como esses jornalistazinhos descrevem a imagem do ex-presidente. Rapaz olha o passado dessa corja que está comandando o país. Tem algum correto nesse bando? Começando pelo mandatário todos deveriam estar na cadeia. Cara procura o que fazer com reportagens que realmente interessam à população.

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