Rondônia: a educação, as perseguições e os macunaímas

Eu considero as pessoas que tentaram ser meus inimigos apenas como capachos e guachebas do universo político ou da administração pública, e ainda como macunaímas da História de Rondônia

Francisco Xavier Gomes
Publicada em 09 de setembro de 2020 às 13:05
Rondônia: a educação, as perseguições e os macunaímas

A educação em Rondônia terá prejuízos incalculáveis e irreparáveis, neste período de pandemia, e tudo nos leva a crer que o ano letivo de 2020 será concluído de modo muito turbulento, em virtude dos problemas naturais e ainda as particularidades de ordem política, administrativa, pedagógica, sanitária e sociológica. Além dos fenômenos naturais, que nem conhecemos ainda a verdadeira dimensão pós-pandemia, há situações pontuais que também evidenciam o surgimento de casos bem complexos no campo da Pedagogia e da Administração Pública. A forma como a Coordenação Regional de Ensino de Cacoal tem sido conduzida pelo senhor Bertino Severino Neto, nos últimos meses, é uma dessas situações que certamente tendem a aniquilar a Pedagogia e o processo educacional. Ao registrar os fatos seguintes neste texto, tenho como única finalidade fazer chegar ao conhecimento do secretário de Estado da Educação situações que não se pode admitir, nem em tempos de pandemia, para evitar que a educação no estado tenha mais problemas do que os normais...

Antes de entrar em detalhes sobre as perseguições orquestradas contra mim, pelo Coordenador  Regional de Ensino de Cacoal e pela diretora da escola Bernardo Guimarães, é necessário esclarecer que não considero nenhum deles como inimigo, porque neles não estão presentes os predicativos exigidos por mim, para construir inimigos. Aliás, nos últimos 53 anos, a única pessoa, entre os enésimos desafetos que tive, que reuniu os requisitos para ser meu inimigo de verdade foi o já falecido ex-deputado Valderedo Paiva, que, na minha opinião, era umas das pessoas mais corretas de Rondônia. O fato de Valderedo Paiva ter vivido conflitos políticos comigo, não me impede de registrar que ele merecia todo meu respeito, por ser uma pessoa honrada, um homem firme em suas posições políticas e uma pessoa que sempre dizia claramente suas posições, sem ficar escondido ou protegido na lama da falsidade, do cinismo e da desonra. As outras pessoas que tentaram entrar na seleta lista de inimigos políticos que tenho jamais reuniram as condições para isso, porque não aceito ter inimigos que não tenham honra. Eu considero as pessoas que tentaram ser meus inimigos apenas como capachos e guachebas do universo político ou da administração pública, e ainda como macunaímas da História de Rondônia...

A perseguição da diretora da escola Bernardo Guimarães contra mim começou quando ela tentou, no início desse ano, promover um aluno de série, nos primeiros dias de aula, antes da pandemia, porque a mãe do aluno esteve na escola e disse que tinha um sonho: que o filho entrasse na faculdade de medicina com idade bem inferior aos colegas, porque ela considera muito lindo. A diretora da escola embarcou na viagem, porém, na reunião em que o assunto foi discutido, eu argumentei que era um absurdo a escola fazer esse tipo de coisa. Para se ter uma ideia, na citada reunião, os professores da turma informaram que não conheciam o aluno, porque as aulas haviam começado. A partir disso, começou a maratona da diretora para me tirar da escola. Agora, mais recentemente, a diretora mandou uma intimação em minha casa, dizendo que eu deveria comparecer à sala dela em determinado horário, sem que houvesse um minuto de atraso, para tratar assuntos sobre diário eletrônico. Eu informei que, desde o começo da pandemia, o governo prometia estudar um meio para reparar os prejuízos dos professores com internet e nunca cumpriu. Enviei um documento à escola mostrando a realidade e deixei claro que jamais concordei com essa situação em que os professores estão pagando para produzir aulas. Claro que a diretora não gostou, porque ela gosta mesmo de bajular o governo, bajular a Coordenação de Ensino, bajular o secretário de educação e bajular todas as pessoas que garantem a ela o cargo de direção de escola, ainda que ela não tenha capacidade para fazer um ofício. Após o documento que enviei para a escola, a diretora resolveu me “punir” e mandou um documento para a Coordenação de Ensino, colocando-me à disposição do órgão. Lógico que não existe nenhuma legalidade no ato, mas o Coordenador de Ensino acatou a perseguição, e ainda me disse, na maior cara-de-pau, que não pode brigar com a diretora. É importante ficar bem claro para essa gente que jamais tive medo de ser perseguido, porque sei que essa é a estratégia de pessoas tecnicamente desqualificadas. 

Como a situação ganhou uma dimensão bem tensa, vou tratar do assunto no Poder Judiciário, para que a verdade seja restabelecida e para que outros colegas não sejam perseguidos. Eu não acredito no Coordenador de Ensino de Cacoal e muito menos na diretora, mas acredito na seriedade do Poder Judiciário. Vale lembrar que estou na escola Bernardo Guimarães desde 2012, nunca faltei ao serviço, sempre ministrei um número de aulas superior ao determinado por lei e não devo nada para nenhum diretor de escola ou coordenador de ensino. Como fui aluno do professor Bertino Neto em um curso de pós-graduação, vou rasgar o diploma onde consta o nome dele e jogar no lixo, porque passei a ter vergonha de sua prática pedagógica, depois que ele adotou a postura profissional dos últimos dias. Tenho total aversão ao conluio, ao compadrio e à covardia. Tenho convicção de que nada devo, sou profissional qualificado e capacitado, motivos pelos quais vou encarar, de frente, essa perseguição e mostrar que não me curvo para o assédio. Para fazer justiça, quero registrar que o Secretário de Educação de Rondônia jamais me perseguiu, embora eu seja crítico de sua gestão. Quanto ao Coordenador Regional de Ensino de Cacoal, espero que ele responda os documentos que encaminhei, para mostrar a transparência e a moralidade da CRE, caso contrário, serei obrigado a pensar que além das mentiras que ele contou nos últimos dias, há outros problemas... Tenho dito!!!!!

Comentários

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    Silveira Asunção 10/09/2020

    O Secretario de Educação de Rondônia não passa de um puxa saco, sempre foi um puxa saco é ridículo um homem se submeter a isso.

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    Carlson Lima 10/09/2020

    Gostaria de ver o Senhor Professor Francisco Xavier a frente do SINTERO que hoje é mas GOVERNO que muito servidores comissionados do estado, estamos ABANDONADOS por nosso sindicato. Não falem do governo para SINTERO que você servidor da educação é tratado como rebelde, as eleições é novembro é hora de mudança.

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    Sérgio 10/09/2020

    É lamentável á lambança no processo educacional em Cacoal, pessoas perderam o entusiasmo pela educação em virtude que indivíduos têm à certeza que manda na educação, equívocos destas pessoas, a perseguição deixa sequelas e marcas para sempre na vida do perseguido, o opressor é um indivíduo que acredita que o perseguido é objeto descartável, estes nódulos deixam marcas na família do perseguido, é um bom momento para apuração desta ocorrência pela SEDUC, o silêncio não é um bom desfecho ...

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    Marlucia 10/09/2020

    Realmente, essa prática existe em Cacoal como se fosse normal. Para você procurar ser correta , é preciso pagar um preço alto. Por essa razão, estou desistindo desta pasta.

  • 5
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    Regina 10/09/2020

    É recomendado dentro do aspecto da administração pública, inúmeras cautelas por parte do gestor público, o adesivo moral é algo que deve ser combatido no serviço público. Estamos em período eleitoral, decreto de pandemia tudo isso não foi respeitado, este caso caminha para improbidade administrativa, somente pessoas desprovido do conhecimento técnico administrativo e jurídico, comentem estes equívocos no serviço público. A natureza destes fatos caminha para perseguição. É lamentável estes ocorridos na educação do Estado de Rondônia !!!

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    Cido 10/09/2020

    Quando alguém usa o cargo "confiança," "portaria" público como instrumento do aparelho de Estado para perseguição, é reprovável em qualquer circunstância este absurdo. ¿ "por trás dos gestos de perseguições dentro da máquina pública, pode revelar outras indagações" ? ¿ O ordenador de despesas conhece a legislação vigente ? ¿ Os conselhos escolares estão legitimados ? ¿ Os P.P.P escolares estão em conformidade com os prazos regimental ? ¿ As planilhas orçamentárias estão sendo aprovadas e vistoriadas em conformidade a legislação em vigor ? ¿ O regimento interno escolar está legitimados em conformidade com os procedimentos e portarias ? Por trás da natureza escolar uma perseguição conjetura indagações adversas no processo judiciário [...].

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    Neuza 10/09/2020

    A repercussão desta perseguição tomou conta nos quatro cantos de Rondônia, ás redes sociais, nas escolas e em toda sociedade de RO, e em outras instituições do Estado. É chegado à hora do bom senso, do gestor da pasta manifestar, os escândalos na pasta da educação quando denunciados a SEDUC deve manifestar, outrossim fica difícil conviver com tamanho desgaste, sem o pronunciamento do responsável maior da "pasta", o silêncio traduz omissão, insuficiência de desempenho e outras interpretações. A falta da gestão democrática na educação Ro, traduz os desfecho lamentáveis nos bastidores do processo ensino aprendizagem, quando a nota do IDEB das escolas públicas for publicadas, o fracasso escolar será inevitável !!!

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    Renato 10/09/2020

    Si a justiça anular os feitos da Diretora da escola concomitante com à CRE, que colocou a disposição o professor em questão, fica difícil mantê-los estes cargos de confiança "portariados" nos referidos cargos, a perseguição é uma atitude que qualquer sociedade civilizada abomina, a SEDUC deve intervir imediatamente em nome da ética e moral que a pasta educacional recomenda !!!

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    Rita 09/09/2020

    Quando gestores desconhece a legislação educacional fica difícil à manutenção destes cargos de confiança, não estão respeitando a Lei eleitoral e o Decreto da pandemia, vergonha para a educação de Rondônia ...

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    Rómulo 09/09/2020

    É lamentável professor Suamy na pasta da educação, a perseguição é uma conduta dos fracos. O oprimido quando liberto é um opressor, tudo isso é lamentável na educação !!!

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    Eu 09/09/2020

    A ausência de Gestão Democrática nas escolas estaduais promovida pelo atual Secretário gera essas situações desagradáveis. Diretores, receosos de se indispor com seus superiores e perder o posto, acatam tudo que vem de cima, mesmo que vá contra princípios educacionais. Vejam bem, não são exatamente as pessoas que são "más" mas sim o sistema que estimula e favorece esse tipo de comportamento, diminuindo ainda mais nossa qualidade educacional.

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    Renata 09/09/2020

    Deve ser afastado está gente que persegue gratuitamente o servidor público, Diretores são cargos de confiança não temos mais eleição, coordenadores da CRE é cargo de confiança, é chegado á hora desta gente ser afastado para o problema não chegar no auto escalão, o governo não comunga com perseguição destes portariados, é lamentável ter pessoas fazendo mal a gestão pública, neste caso à perseguição é um gesto covarde de pessoas despreparadas para assumir cargo de confiança, o governo Marcos Rocha não deve admitir diretores e coordenadores da CRE com este perfil e conduta, é reprovável para toda sociedade o tratamento diferenciado, neste caso perseguição no serviço público...

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    Vitorino 09/09/2020

    A SEDUC tem por obrigação manifestar neste momento, toda repercussão no estado via este episódio perseguição é desagradável, a Lei eleitoral o decreto da pandemia do Governo do Estado de Rondônia, coíbe este procedimento no serviço público, com a palavra o Secretário de Estado da Educação de Rondônia ...

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    Leandro souza 09/09/2020

    Como se pode ter uma educacao de qualidade com pessoas como essas citadas pelo prifessor. Uma vergonha. Va em frente professor

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    Vera 09/09/2020

    Todos nós da educação do estado de Rondônia, estamos estarrecidos com este escândalo da perseguicao na educação, o secretário de estado da educação deve pronunciar o afastamento dos seus portariados, no serviço público do século XXI não cabe perseguição, acorda secretário não deixe ser envolvido com perseguição barata ao seus professores ...

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    Livia 09/09/2020

    O governo não deve comungar com este tipo de adesivo de conduta moral, perseguição é sim adesivo moral, em pleno século XXI pessoas com portarias tem agido com o descomprimento das Lei em vigor [...]. É chegado à do basta, perseguição nunca mais !!!

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    Solage 09/09/2020

    O sindicato SINTERO tem que manifestar com uma carta de REPÚDIO, em pleno momento da Lei eleitoral, decreto da pandemia, estar caracterizado perseguição em conformidade o descomprimento da Lei eleitoral e o Decreto da pandemia, está gente não tem noção dos efeitos de uma perseguição gratuita !!!

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    Silvia 09/09/2020

    Perseguição é algo que deve ser repudiado no serviço público, o secretário de Estado da Educação de Rondônia, deixou claro em sua posse que não toleraria perseguição na sua gestão, é chegado a hora do repúdio do gestor da pasta SEDUC [...].

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