Rondônia passa a fazer parte do Registro de câncer de Base Populacional

A partir de agora é possível verificar, os dados consolidados, números de câncer por municípios, os tipos que mais incidem em Rondônia, dentre outras informações sobre a doença

Mineia Capistrano Fotos: Jeferson Mota Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 07 de dezembro de 2020 às 08:36
Rondônia passa a fazer parte do Registro de câncer de Base Populacional

Banco de dados permite verificar os números da doença por municípios e tipos de câncer que mais incidem no Estado

Os dados de registros de câncer do Estado de Rondônia já podem ser acessados no banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A partir de agora é possível verificar os dados consolidados, números da doença por municípios, os tipos de câncer que mais incidem em Rondônia, dentre outras informações sobre este agravo de saúde. Anteriormente, os dados de Rondônia constavam juntamente com casos de câncer de outros estados da região Norte.

Rose Britto, coordenadora Estadual da Vigilância Epidemiológica do  Câncer, na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) explica que foi  pactuado na tri-partite entre os estados do Brasil a vigilância do Câncer, através do registro da doença. Mediante o acordo, seria implantado o Registro Hospitalar de Câncer (RHC), em todas as Unidades Hospitalares que atuam no tratamento à enfermidade, além do Registro de Câncer  de Base Populacional (RCBP).

Rondônia implantou entre os anos de 2012 e 2013, o RHC no Hospital de Base e no Hospital de Cacoal, mas ficou a pendência do registro de câncer de base populacional. “Em outubro de 2017, quando cheguei na Agevisa, recebi a missão de implantar o RCBP para que o Estado passasse efetivamente a fazer parte do registro nacional e pudesse amparar com dados concretos a fim de subsidiar as gestões e tomadas de decisões”, detalha Rose Brito.

Neste mesmo ano, o INCA através do  sistema SISBASE POP, um sistema web que viabilizava a possibilidade de inclusão dos dados on-line. O próximo passo era lembrar aos gestores municipais o acordo pactuado na CIB, conhecer a realidade local, e as equipes que deveriam participar das ações. “Conheci as equipes que passaram a ser capacitadas, conversei com os gestores, fiz toda a parte de preparo para implementação, integração, fluxo de trabalho, comecei a sensibilizar equipes para que pudessem colaborar nesse processo “, destaca.

Para o início do ano de 2020 estava programado, a partir de fevereiro o registro on-line de cada município. “Iria por municípios para liberar o sistema operacional, porém, a pandemia chegou e nós tivemos que nos reconstruir, se refazer. Foi um passo bem complicado, mas conseguimos nos reestruturar e atualmente 48 municípios fazem parte da rede efetivamente e apesar da pandemia, lançaram os dados, preencheram as fichas. “, especifica.

Para Ana Flora Gerhardt, diretora-geral da Agevisa, os dados que passaram a ser informados cumprem além da missão de traçar o perfil de pessoas acometidas pelo câncer. “Em nível de vigilância com esses dados poderemos programar ações para públicos diversos”, afirma a diretora.

Informação em vermelho mostra como Rondônia constava anteriormente no portal do INCA

PARCERIA
A coordenadora explica, ainda, que o Estado de Rondônia deveria lançar apenas um ano, mas com dedicação extra de todas as equipes, o resultado foi positivo. “Fizemos toda a parte técnica, o Inca foi um parceiro maravilhoso e conseguimos lançar os primeiros anos, que são 2015, 16 e 17. Estávamos programados para lançar apenas um ano, mas como tínhamos dados suficientes, trabalhamos um pouquinho a mais, com carinho, envolvimento e conseguimos. Agora temos condições de brevemente lançar 2018 e 2019 na plataforma. As equipes municipais foram parceiras e extremamente competentes”, finaliza Rose Britto.

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