Rosa Weber reafirma confiabilidade das urnas eletrônicas

Segundo a ministra, nunca foi registrada nenhuma fraude no sistema de votação, mas se ocorrer, deixará rastros e será detectada.

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 07 de outubro de 2018 às 13:57
Rosa Weber reafirma confiabilidade das urnas eletrônicas

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Rosa Weber, reafirma confiança nas urnas eletrônicas durante coletiva - Antonio Cruz/Agência Brasil

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, reafirmou hoje (7) a confiabilidade das urnas eletrônicas. Durante a primeira entrevista à imprensa para fazer um balanço da manhã de votação, a ministra também destacou o combate à divulgação de notícias falsas, as chamadas de fake news, e a tranquilidade da votação, que obteve 310 urnas substituídas com defeito até o momento.

Ao comentar situações em que eleitores continuam postando comentários e vídeos nas redes sociais, nos quais contestam a confiabilidade das urnas, Rosa Weber disse que as afirmações não têm embasamento na realidade. Segundo a ministra, nunca foi registrada nenhuma fraude no sistema de votação, mas se ocorrer, deixará rastros e será detectada.

“Eu reafirmo total confiança nas nossas urnas eletrônicas. Sempre onde está o homem há possibilidade de fraude. O nosso sistema é confiável, a nossa equipe técnica preparou as urnas eletrônicas e as aperfeiçoou o seu sistema ao longo desses 22 anos e hoje temos um sistema ágil, seguro e que inspira a maior confiança. O que é realmente importante é que ele é um sistema auditável, que permite a verificação de um eventual fraude, que até hoje, nunca tivemos um caso comprovado”, afirmou.

Sobre a disseminação de mensagens falsas na internet contra candidatos e partidos durante as eleições, Rosa Weber disse que o TSE está aprendendo a lidar com casos e disse que já foram tomadas medidas efetivas, como a criação de conselho para elaborar estratégias de combate, um acordo com partidos e publicitários contra a disseminação das notícias falsas. Rosa também lembrou que a Justiça só pode julgar os casos após os fatos terem ocorrido.

“O que o TSE está fazendo? Primeiro, ele está entendendo o fenômeno porque não é de fácil compreensão, não é problema brasileiro, mas o TSE está atento. Os nossos ministros auxiliares de propaganda estão desempenhando tarefa profícua de exame dos processos que aqui chegaram e das representações com relação a propaganda eleitoral irregular já com relação de ataques de fake news”, disse.

A presidente do TSE também discordou do entendimento do ministro Luiz Fux, que presidiu o tribunal, e afirmou, quando esteve no cargo, que a divulgação de notícias falsas pode levar à cassação de candidaturas. Rosa disse aos jornalistas que não compartilha do mesmo entendimento de Fux.

“Com relação a esse aspecto, o ministro Fux sempre expressou uma posição pessoal dele, mas não é a minha”, disse.

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