Saae recolhe contêineres de lixo sem função em Vilhena; projeto passará por readequação
Apesar da existência de contêineres para a separação dos resíduos, na prática, não havia nenhum processo de reciclagem desde sua implantação
PROCESSO DE COLETA SELETIVA será reajustado pela equipe técnica do Saae
O Serviço Autônomo de Águas e Esgotos (Saae) de Vilhena, após a reunião com o prefeito delegado Flori Cordeiro, iniciou a retirada dos contêineres de recebimento de lixo preparados para a coleta seletiva. Medida foi tomada para enxugar os gastos públicos excessivos, que até o momento não apresentavam resultados ambientais e sociais. Até os novos ajustes, a coleta será realizada nos moldes antigos.
A atual administração, enfatiza que em sua proposta original, o programa de recolhimento seletivo, estabelecia que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), deveria ter construído galpões, e os equipado com maquinário próprio, no local que seria a unidade de tratamento e reciclagem, onde seriam geridas por cooperativas interessadas no serviço. Tal medida não foi realizada nas gestões passadas, e a distribuição dos contêineres nos bairros da cidade foi iniciada mesmo assim.
As administrações anteriores, acabaram por deixar sem função o recolhimento seletivo, e após um tempo, o Saae também passou a misturar todo o lixo separado pela população, em um só caminhão no momento da coleta. Sem apresentar resultado, todo o lixo seguia destinado ao aterro, com a mesma quantidade de resíduos sendo despejados sem tratamento no meio ambiente.
Toda esta etapa, não apresentava benefícios, pois o lixo permanecia sendo destinado em sua totalidade ao aterro, para a empresa terceirizada, que recebe do Saae por peso. Ao tomar conhecimento desta situação, o atual prefeito classificou o episódio como “jogar dinheiro no lixo”, e tomou a decisão da suspensão imediata do programa, determinando a abertura de licitação para a construção dos galpões. Assim que esta etapa for solucionada, a equipe do Saae estará autorizada a reinstalar os contêineres.
“O modelo atual não separa, não gera renda, não ajuda o meio ambiente, e ainda faz o Saae gastar com a manutenção dos contêineres cerca de R$ 1,2 milhões ao ano, valores próximos dos R$ 100 mil mensais, em algo que atualmente não apresenta nenhum resultado benéfico”, enfatiza o prefeito Delegado Flori.
De acordo com Adailton Ribeiro, diretor do departamento de Resíduos Sólidos do Saae, a implementação foi feita de forma irregular. “Mesmo que a população faça a separação do lixo de forma correta, a empresa responsável acaba por misturar todo o lixo e o despejando no aterro sanitário. Esse trajeto fica a cerca de 60 km da cidade com a frota dos 18 caminhões. Isto causa um grande custo para a cidade, tendo em vista que apenas 2% desse material está sendo reciclado, pois não há um sistema de triagem para a reciclagem. O objetivo previsto era reciclar ao mínimo 40%, o que diminuiria o valor que o município precisaria pagar para a coleta seletiva”, enfatiza Adailton Ribeiro.
READEQUAÇÃO DO PROJETO – De acordo com Saae, a equipe técnica da autarquia está trabalhando para readequar todo o projeto, visando a construção de um centro de triagem, para realizar a separação do lixo na cidade. Com isso, apenas os resíduos não aproveitados serão descartados, e duas empresas de catadores serão contratadas para fazer a separação do material na cidade.
Nesta semana, o prefeito Flori Cordeiro recebeu a visita do representante do deputado estadual Ezequiel Neiva, seu irmão Oziel Neiva, que destinou 300 contêineres para utilização do projeto da coleta seletiva de lixo em Vilhena. A reunião prestou contas ao deputado que se esforçou no envio de emendas para o município.
COLETA TRADICIONAL – Após a retirada completa dos contêineres, o Saae aponta que a coleta passa a ser como era no passado, com o lixo sendo recolhido em lixeiras em frente às residências. Para mais informações, basta entrar em contato com a autarquia através do telefone ou WhatsApp no número (69) 3322-5480.
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