Saúde municipal – serviços decepcionantes

Há uma indisfarçável decepção da população porto-velhense com os serviços que lhe são prestados pela administração do prefeito Hildon Chaves, principalmente, na área da saúde.

Valdemir Caldas
Publicada em 28 de fevereiro de 2018 às 11:35

A coisa está feia, não há como negar. Fazê-lo seria o mesmo que tentar esconder o Sol com uma peneira. Há uma indisfarçável decepção da população porto-velhense com os serviços que lhe são prestados pela administração do prefeito Hildon Chaves, principalmente, na área da saúde. As reclamações pipocam dos quatro cantos da cidade. Parece que, para essa regra, não há exceção.

Aliados do prefeito, na Câmara Municipal, não escondem sua decepção com a inercia da máquina oficial. Ao discursarem, na sessão plenária desta terça-feira, os vereadores Junior Cavalcante e Cristiane Lopes expressaram o sentimento de magoa e desesperança que domina o porto-velhense.

Fitando os olhos no colega Alan Queiroz, líder do prefeito, Junior disse que chegou ao ápice da paciência. Impossível conviver com tanta incompetência. A bela Cristiane, sempre cuidadosa e serena na hora de expor suas ideias, disse que, a despeito do que falam alguns, não acreditava que um promotor experiente, um empresário de sucesso, como doutor Hildon, não soubesse o que ocorria ao seu redor.

É uma brutal falta de respeito o que as autoridades da saúde municipal vêm fazendo com a população, colocando a prova à paciência do contribuinte, desse povo pacato, imobilizado em seus direitos civis e frustrado em seu exercício de cidadania, refletidos nos precários serviços oferecidos pelo sistema de saúde municipal. Mas não é somente a saúde que vai de mal a pior. A cidade está cheia de buracos. E a iluminação pública, principalmente das ruas, deixa muito a desejar, apesar do recente aumento da malsinada COSIP – Contribuição de Iluminação Pública.

Não faz muito tempo, o prefeito veio a público e disse, em alto e bom tom, para que todo mundo entendesse, que o problema da saúde municipal não era a falta de recursos, mas de gestão. Esperava-se que, a partir do anuncio, o prefeito colocasse a mão na consciência e começasse a trocar algumas peças da máquina.

Em vez disso, preferiu deixar tudo como estava. E o resultado não poderia ser diferente. Agora, o prefeito vai buscar numa cidade do interior de Goiás um modelo de gestão para terceirizar duas das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), sob o argumento débil de que o município vai economizar setecentos mil reais por mês com cada uma. E, assim, de frustração em frustração, o porto-velhense vai-se decepcionando cada vez mais com o que se convencionou chamar de serviço público. 

Comentários

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    Christian 28/02/2018

    Até que enfim uma análise imparcial da realidade de Porto Velho. Sou daqui e fico indignado com a situação de nossa capital. Ao invés de fazer propaganda de pago IPTU deveria trabalhar pela cidade. Faço um convite ao prefeito de vir aqui na Rio Madeira sentido parque ecológico e ver a desgraça que está. Não só aqui mas dar uma volta a noite em Porto Velho. Sinceramente votei e me arrependi. Próxima eleição nesse senhor prefeito não voto mais e tenho certeza que muitos não o farão.

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