Se Confúcio quisesse preservar o meio ambiente não teria autorizado devastação da nossa floresta para pagar campanha, diz Hermínio Coelho
Para o deputado, governador de Rondônia é demagogo e não tem interesse em proteger o meio ambiente.
O deputado Hermínio Coelho (PDT), criticou a criação de 11 novas unidades de preservação ambiental, através de decreto assinado pelo governador Confúcio Moura (MDB).
O parlamentar garante que a Assembleia Legislativo derrubará o decreto, pois não é uma questão de ser contra a preservação ambiental, mas sim à forma arbitrária com a qual o governador age sem consultar a população ou conversar com o Legislativo a respeito. Uma ampla discussão precisa tornar o diálogo coletivo e universal, envolvendo todos os órgãos que compõem o poder público – e também a sociedade civil organizada.
Na visão do parlamentar, o emedebista é demagogo. "Confúcio não tem interesse em preservar o meio ambiente. Se tivesse, não teria usado a ex-secretária da Sedam para autorizar ilegalmente a derrubada de 17.613 metros cúbicos de madeira em benefício do senhor Paulo Firmino da Silva, conforme denunciou o Estadão em 2016", disse. "E como ocorre em todas as denúncias envolvendo o governador, não deu um pio a respeito. Sequer uma mísera satisfação à população. Sempre finge que não é com ele", complementou.
Conforme registrou a reportagem mencionada pelo pedetista, entre os principais doadores que ajudaram Confúcio a se reeleger em 2014, estão empresas que obtiveram concessões para explorar grandes áreas da floresta e empresários interessados na expansão de suas lavouras em áreas devastadas.
Relembre: http://infograficos.estadao.com.br/politica/terra-bruta/destruicao-liberada
Itamar Loks e Hugo de Carvalho Ribeiro, de um grupo de produtores rurais, doaram R$ 500 mil cada para a campanha do governador. A Triângulo Pisos e Painéis, que conseguiu por meio da Indústria de Madeira Manoa a exploração de uma área de 47 mil hectares, deu uma ajuda de R$ 60 mil. O esforço para reeleger o chefe do Executivo, ainda segundo o Estado de S. Paulo, valia até cheques de valor quase simbólico como o dado por Jonas Perutti, de R$ 10 mil.
Perutti é figura influente no meio empresarial de Rondônia. A empresa dele, a Madeflona, conseguiu grandes concessões, como a área de 87 mil hectares da floresta de Jacundá. A fiscalização do manejo é tarefa dos governos estaduais.
“Quebra” do setor produtivo
A criação das 11 novas unidades de conservação revelou a coluna Painel Político, do jornalista Alan Alex, atinge diretamente o setor produtivo do Estado, como a pecuária e agricultura – principais responsáveis pelos números positivos no PIB de Rondônia. “É bom lembrar que foi esse setor, um dos que mais investiu na campanha de Confúcio ao governo”, pontuou o colunista. O setor prometeu reagir e, de fato, ocorreram manifestações contra a criação dessas reservas na última terça-feira (27) com apoio da ALE/RO. ACESSE: http://painelpolitico.com/politico/coluna-confucio-cria-11-areas-de-preservacao-no-estado-e-quebra-o-setor-produtivo/
Sobre isso, asseverou o deputado: “É um governador que não tem compromisso com absolutamente nada, sequer com as pessoas que o ajudaram a ser eleito e reeleito. Imagine só, então, o impacto que a criação das novas reservas terá na vida de pessoas carentes e humildes que ocupam essas terras há décadas! ”, salientou Hermínio.
Ações truculentas contra pessoas pobres
O parlamentar relembrou também o episódio ocorrido em agosto do ano passado, quando ação conjunta deflagrada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam/RO) com apoio operacional das policias Militar e Ambiental culminou com o despejo de diversas famílias em local considerado área de conservação ambiental: a Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Rio Madeira B (FERS Rio Madeira B), conhecida como Gleba Cuniã.
À época, o deputado Hermínio Coelho foi à região verificar pessoalmente os estragos causados pela ação do governo.
Dezenas de casas foram derrubadas. Há um vídeo, inclusive, mostrando uma delas e seus arredores: a destruição atingiu eletrodomésticos, caixa d’água e até a plantação do morador que divulgou as imagens.
“O mesmo acontecerá com todas as pessoas que moram nas novas áreas de conservação ambiental criadas por Confúcio. Como o governador não dá a mínima para a vida humana, tanto faz se essa gente produtiva perder em segundos o que demorou anos para construir”, sacramentou.
Por fim, indicou: “como são pessoas simples que mal conseguem promover o próprio sustento e não têm a mínima condição de bancar campanha eleitoral de quem quer que seja Confúcio não quer nem saber. Se fossem madeireiros ricos que exploram nossa madeira e nossas matas, como bem revelou o Estadão, em segundos teriam autorização expressa do Palácio Rio Madeira para destruir e explorar tudo o que é nosso. É mais um crime contra a raça humana praticado por essa administração incompetente e desumana”, concluiu Hermínio Coelho.
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Comentários
Analfabeto falastrão. Vai pagar mais uma condenação por dizer asneiras e não provar o que fala.
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