Secretário de saúde de Porto Velho está por um fio

O problema da saúde pública, principalmente no município de Porto Velho, não é de carência de recursos. Dinheiro há. O que falta mesmo é gerência eficiente.

Por Valdemir Caldas
Publicada em 09 de agosto de 2017 às 17:01

O problema da saúde pública, principalmente no município de Porto Velho, não é de carência de recursos. Dinheiro há. O que falta mesmo é gerência eficiente. Essa é uma realidade reconhecida por muitos que atuam no setor e comprovada pelo elevado nível de insatisfação da população usuária. A ausência de uma gestão eficiente vem comprometendo toda a estrutura de saúde, já insuficiente para atender a demanda, colocando em constante ameaça a vida daqueles que não têm condições para pagar um plano privado, sendo, portanto, obrigados a buscar atendimento médico nas unidades públicas.

Vale lembrar que, durante a campanha eleitoral que o conduziu à prefeitura da capital, doutor Hildon prometeu cercar-se das melhores cabeças, técnicos da melhor qualidade, o suprassumo da inteligência. O anúncio de Alexandre Porto para comandar a Secretária Municipal de Saúde soou como melodia agradável aos ouvidos de muita gente, independente de coloração partidária. Passados sete meses e nove dias, percebe-se, para decepção do próprio Hildon e daqueles cuja visão da realidade não vai além do próprio umbigo, que a nomeação de Porto foi um desastre administrativo. E não precisa ser especialista em saúde pública para comprovar o que se afirma acima. Basta visitar qualquer unidade de saúde do município.

Lamento contrariar o prefeito Hildon Chaves. O senhor Alexandre Porto pode ter lá suas qualidades em outras áreas do conhecimento, mas, no campo da saúde pública, conhece tanto quanto o colunista, ou seja, nada. O famoso choque de gestão, proposto ainda durante a disputa eleitoral, precisa ser traduzido em gestos concretos e, nesse caso, na firme disposição de criar uma estrutura fundamental eficaz para o setor. Insistir na tese de que o problema da saúde municipal é a falta de grana, não mais convence, exceto desavisados. Melhor seria ter humildade para reconhecer o óbvio ululante, qual seja, há dificuldades enormes na condução desse segmento.

A gritaria pedindo a cabeça de Porto já começou. E ela não parte de eventuais adversários políticos, mas de aliados do próprio prefeito, que se dizem frustrados com a atuação melancólica do secretário da saúde. Eu, no lugar do doutor Hildon, já o teria mandado para o cadafalso. Melhor sacrificar um membro da equipe do que comprometer todo o corpo administrativo. 

Comentários

  • 1
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    lima 09/08/2017

    Vá ao posto de saudê meu pedacinho de chão, levando uma criança: já com a consulta agendada; chegada 12.30 13.00 fazer triagem espera o medico chegar; mas não tem pediátrico tem clinico geral, vai assim mesmo, saida do paciente 15 40 .fui atendido com todo respeito e atenção. espera de 3 horas mas fui atendido.mas só meu amigo a sala de espera é um tormento:sem ventilação, sem climatização, fedor de fossa,água do bebedouro quente,um purgatório se você acredita, só que tem uma passagem maravilhosa quando você encontra o doutor na sala tudo passa a vontade de viver volta. Você acredita em ceu inferno e purgatório é tudo ali junto.

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