Os municípios enfrentam dificuldades para manter a folha de pagamento, o custeio da máquina pública e garantir o atendimento às necessidades básicas da população. Em Rondônia, um número significativo de prefeituras tem ainda mais um agravante: a perda de funcionários de setores essenciais como a saúde.

É que com a transposição de servidores estaduais aos quadros da União, esses profissionais que atuam há anos nos municípios, agora precisam se apresentar à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), ou a um órgão federal, para serem relotados.

O caso foi tratado na manhã desta quarta-feira (25), pelo presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB), o vice-presidente, Edson Martins (PMDB) e o secretário municipal de Saúde de Presidente Médici, Rubi da Costa.

"As prefeituras já investem acima do que é previsto em lei na saúde. Se perderem esses funcionários, ficarão com sérias dificuldades para manter os serviços, especialmente a atenção básica. É preciso uma mobilização da classe política, incluindo a bancada federal, para tratarmos dessa questão", destacou Maurão.

Rubi da Costa disse que 16 servidores transpostos já foram notificados a comparecer à Sesau ou a um órgão federal, para relotação. "São enfermeiros, técnicos, auxiliares, motoristas e outras funções, que não podemos perder. Serão cerca de 30 servidores no total, que serão alcançados com esta medida", explicou.

Edson Martins disse que é preciso uma mobilização de toda a classe política, no sentido de evitar que as prefeituras percam esses profissionais. "Os servidores cedidos aos municípios pelo Estado, já estão sendo retirados, de modo gradual. Agora, há essa retirada dos servidores que estão sendo transpostos, os municípios não suportam", acrescentou.