Sedam realiza terceira etapa do Plano de Manejo e Controle na Resex Rio Cautário
O resultado demonstra a necessidade em se intensificar um manejo na região. Por ser considerado um peixe invasor, o Pirarucu ameaça a fauna aquática nativa
Mais de 50 estações amostrais (baías, poços e leito do rio) do rio Cautário foram monitoradas durante a realização dos estudos
Com o objetivo de estimar a quantidade de Pirarucus que integram os ecossistemas monitorados, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – Sedam, realizou entre os dias 25 de agosto e 4 de setembro nas Reservas Extrativistas Estadual e Federal do rio Cautário, a contagem da espécie. A ação corresponde a uma das fases do manejo de controle do peixe, que foi realizada em conjunto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, além da participação de 17 moradores tradicionais extrativistas.
Os resultados parciais do segundo ano de execução apontam que mais de 50 estações amostrais (baías, poços e leito do rio) do rio Cautário foram monitoradas durante a realização dos estudos mencionados. Quando comparado ao primeiro ano de execução do projeto em 2022, houve uma redução de aproximadamente 6% no quantitativo de Pirarucus da Resex, o que demonstra a necessidade de se intensificarem as ações de manejo, visto que, por ser considerado um peixe invasor, o Pirarucu do Vale do Guaporé ameaça a fauna aquática nativa.
De acordo com o governador Marcos Rocha, a contagem do Pirarucu é uma ação importante para o controle da espécie. “Além de marcar uma fase indispensável para o plano de manejo, a ação é muito significativa também, pela parceria entre órgãos e população das comunidades tradicionais”, pontuou.
Considerada um peixe invasor, o Pirarucu do Vale do Guaporé ameaça a fauna aquática nativa
Para o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, a realização da contagem é uma fase importante para promover o controle dos animais. “Estamos acompanhando o projeto de manejo do Pirarucu, a fim de verificar o potencial de geração de renda direta para as comunidades tradicionais envolvidas, para expandir a outras áreas de nossa competência. O objetivo é reduzir o quantitativo de Pirarucus dentro da Unidade de Conservação e essa contagem mostra que estamos no caminho certo”, destacou.
O técnico responsável, Thales Quintão explicou que, a contagem serve para diagnóstico de ocorrência e permite fazer um censo populacional estimando, onde se concentram os animais. “Dessa forma, identificamos como os animais se distribuem pela unidade de conservação e isso permite compreender como estão fazendo uso do habitat. É também, mediante a contagem que organizamos a logística necessária para a pesca, formamos as equipes, estimamos o combustível o gelo necessário, dentre outras informações”, explicou.
MANEJO DO PIRARUCU
O plano de manejo tem como objetivo implementar o controle desses peixes na Reserva Extrativista Estadual do rio Cautário, onde é considerado invasor, sendo assim, um risco ambiental, como predador de diversas espécies nativas (peixes e quelônios) e visando a preservação da biota nativa e buscar o potencial de comércio do Pirarucu como forma de gerar renda aos moradores tradicionais envolvidos nas ações de manejo de controle.
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