Selo de indicação geográfica pode abrir novas portas comerciais para o café de Rondônia

O café rondoniense é reconhecido como produto de procedência de qualidade. Registro é conferido a partir de características do seu local de origem, que se distinguem dos similares disponíveis no mercado

Wania Ressutti Fotos: Irene Mendes
Publicada em 30 de março de 2020 às 10:30
Selo de indicação geográfica pode abrir novas portas comerciais para o café de Rondônia

Oportunidade de novos mercados de comercialização, com reconhecida qualidade dos cafés.

Desde 2018, o Governo de Rondônia, por meio da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), Seagri (Secretaria de Estado da Agriculta) e Idaron (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril), em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), vem trabalhando para que o café de Rondônia obtenha o selo de indicação geográfica.

O registro de indicação geográfica é conferido a produtos ou serviços característicos do seu local de origem, que se distinguem dos similares disponíveis no mercado. Segundo o extensionista da Emater, Rafael Cidade, o produto deve apresentar qualidade única em função das condições geográficas naturais como solo, vegetação, clima e modo de produção, reconhecendo a reputação de uma região.

Com o desenvolvimento da lavoura cafeeiro no Estado, o café recebeu a certificação de origem. O processo começou com a delimitação da região da Zona da Mata, onde estão inseridos os principais municípios produtores de café de Rondônia. “São 15 municípios envolvidos: Cacoal, Ministro Andreazza, Espigão do Oeste, Primavera de Rondônia, Parecis, Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, Castanheira, Alto Alegre dos Parecis, Alta Floresta do Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste, São Miguel do Guaporé, Alvorada do Oeste e Seringueiras”, detalhou Rafael Cidade. Em 2018, visitando esses municípios, a comissão composta pelos órgãos públicos e entidades envolvidas apresentou uma proposta aos produtores rurais, para agregar valor à produção e ampliar a comercialização com novos mercados.

Em 2019, foi dado mais um passo com a formalização da Associação dos Cafeicultores da Região das Matas de Rondônia (Caferon) e o registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Enquanto isso, sob orientação dos técnicos da Emater, os cafeicultores seguiam os procedimentos corretos de manejo do café desde o preparo do solo, adubação, controle de pragas e doenças, na colheita e na pós-colheita.

Seguindo todas as etapas, o café de Rondônia recebeu oficialmente o certificado de indicação geográfica, com reconhecimento ao café de procedência de qualidade. “Rondônia apresenta características únicas, que resultam em cafés de altíssima qualidade e a indicação geográfica, vem oportunizar os cafeicultores rondonienses a oportunidade de novos mercados de comercialização, com reconhecida qualidade dos cafés”, finaliza Cidade.

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