Serviço Família Acolhedora vem mudando histórias de crianças e adolescentes por meio de um lar temporário
Famílias candidatas devem seguir uma série de requisitos para o acolhimento
Um acolhimento que repercute para toda a vida. É com esse objetivo que a gerente comercial Daniela de Andrade está em sua segunda participação no Serviço Família Acolhedora. Uma atitude que precisa ser multiplicada e que vem mudando a vida e o rumo de diversas crianças e adolescentes que tiveram seus direitos fundamentais violados.
Daniela está, atualmente, em seu segundo acolhimento. A primeira criança, um menino, chegou a ela com 9 anos de idade e hoje já é um adolescente. Ciente de que poderia continuar a fazer mais, a moradora acolheu, desta vez, uma menina de apenas 5 anos.
Daniela de Andrade fala das lições do segundo acolhimento pelo serviço
“Foi uma experiência única, onde pude ensinar várias coisas a ele. Foi algo desafiador e o resultado é que ainda mantemos contato. Agora, com essa pequena, a experiência tem sido outra. Ela é uma criança amorosa, muito inteligente e uma companhia maravilhosa”, afirma.
Na prática, o Serviço Família Acolhedora é uma política pública prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e busca garantir a proteção e individualidade desses menores. Para isso, o serviço busca capacitar famílias para que elas possam receber em suas casas crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados.
Em Porto Velho, o serviço é executado e acompanhado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf). “O Família Acolhedora busca seguir uma tendência nacional que é não deixar crianças e adolescentes por longos períodos em acolhimento institucional, mas sim proporcionar a elas um lar temporário com todo o afeto possível, até que a Justiça decida de fato seu destino. Como diz o slogan do programa: acolhimento é temporário, mas o amor é pra toda a vida”, explica o secretário da Semasf, Claudi Rocha.
Sônia Guilhermon explica as repercussões positivas para crianças e adolescentes
Para quem deseja se candidatar, a primeira tarefa é entender que trata-se de um acolhimento e não de uma adoção. Um entendimento que precisa ser firmado logo nas fases iniciais de capacitação. “De início expliquei a todos da minha família que era uma criança que precisava de carinho e atenção, mas que não tratava-se de uma adoção. Já para mim é algo bem definido, uma espécie de missão”, acrescenta Daniela.
PROCEDIMENTO
A gerente do serviço em Porto Velho, Magda de Sá, explica que, por se tratar do acolhimento de um menor de idade, o serviço prevê uma série de requisitos a serem seguidos. O primeiro passo para quem deseja se candidatar é o preenchimento e envio do formulário do programa por meio do link.
As inscrições ficam abertas ao longo de todo o ano. Após isso, a equipe técnica do programa entrará em contato para iniciar um processo de capacitação e habilitação da família candidata.
“A primeira coisa que a família tem que ter em mente é que se trata de um acolhimento e não de uma adoção e que após isso, a criança ou adolescente retorna à família de origem ou para uma família extensa por meio de adoção. Os candidatos também precisam entender que precisam seguir toda a capacitação e orientações prestadas por nossa equipe. Somente assim, o serviço vai alcançar seu objetivo pleno que é garantir um crescimento saudável a essas crianças que tiveram seus direitos violados”, explica a gerente.
Serviço, gerenciado pela Semasf, mantém inscrições abertas ao longo do ano
Entre os critérios para ser um acolhedor estão: ter acima de 21 anos, sem restriçã quanto ao sexo e estado civil; estar residindo no município de Porto Velho há mais de dois anos; concordância de todos os membros da família; não apresentar pendências com a justiça e nem com órgãos de garantias de direitos; participar dos cursos de capacitação e atender às orientações da equipe técnica do serviço que acompanha a família.
Para Sônia Guilhermon, que já trabalhou diretamente no Lar do Bebê e hoje é cuidadora social do serviço, o acolhimento familiar tem uma contribuição positiva na vida da criança ou adolescente e com repercussões diretas na fase adulta.
“Esse acolhido passa a ter um olhar individualizado e relações afetivas saudáveis dentro de um ambiente familiar, coisas que não conseguimos proporcionar no acolhimento institucional, devido ao grande número de crianças e adolescentes acolhidos atualmente. Por isso, o Família Acolhedora tem um papel decisivo na vida desses pequenos, independente se o destino final for a família de origem ou a adoção. É a certeza de que eles serão adultos mais saudáveis e com todas as chances de escreverem uma história diferente”, explica.
Para Daniela, o serviço é uma espécie de mão dupla ao garantir um crescimento saudável do acolhido e despertar gratidão nos corações das famílias que abrem seus lares para uma nova história.
“Meu sentimento é de felicidade ao saber que eu estou ajudando uma criança. Espero que lá na frente eles possam lembrar de mim e saber que eu os acolhi e fiz parte de suas vidas. Meu desejo é de que outras famílias se sensibilizem e ajudem nessa missão”, finaliza.
Para mais informações sobre o serviço, a Semasf disponibiliza o e-mail: [email protected] e o telefone (69) 98473-6021.
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