Simero e demais sindicatos do setor realizam impactante manifestação com simbólico 'enterro da saúde' do estado

A manifestação pacífica contou com carreata em forma de cortejo fúnebre, que teve início no Hospital de Base, percorrendo as ruas da capital

Assessoria
Publicada em 08 de dezembro de 2020 às 11:30
Simero e demais sindicatos do setor realizam impactante manifestação com simbólico 'enterro da saúde' do estado

O Sindicato Médico de Rondônia (Simero), juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado de Rondônia (Sindsaúde) e o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Rondônia (Sinderon), realizou uma grande manifestação na busca por melhorias na gestão da saúde e contra o descaso do estado com o setor o funcionalismo, no último fim de semana.



A manifestação pacífica contou com carreata em forma de cortejo fúnebre, que teve início no Hospital de Base, percorrendo as ruas da capital. A concentração final foi no Palácio Rio Madeira (CPA), em frente à Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

A presidente do Simero, Flávia Lenzi, explicou que as reinvindicações das categorias durante a manifestação foram em face da falta do pagamento de insalubridade a todos os profissionais da saúde, participação dos representantes dos sindicatos na elaboração do Plano de Cargos e Carreira Remunerado (PCCR), falta de EPIs adequados, insumos, déficits de pessoal nas Unidades de Saúde do estado, entre outros descasos da atual gestão.

“Esse movimento reivindica melhorias na saúde, porque os problemas na Pasta se acumulam e, a cada dia, constatamos o sucateamento das unidades e a falta de investimento. Se já era ruim nas gestões anteriores, hoje está muito pior, um verdadeiro abandono e caos. Nós não podemos aceitar isso: a população completamente desassistida e os profissionais da saúde entregues à própria sorte”, ressaltou Flávia.  

O cortejo em forma de carreata seguiu do HB para a avenida Imigrantes, passando pela Farquar, até chegar ao CPA, onde atores se juntaram aos cerca de 50 carros para fazerem uma encenação em frente à Sesau.

Durante a encenação, os atores carregaram um caixão, simulando o falecimento da saúde de Rondônia. Um “padre” fez o simbólico enterro da saúde. Em um ato impactante, a saúde foi enterrada como se o governo do estado, por meio da Sesau, estivesse provocando sua morte no estado.

“Estamos em plena pandemia de Covid-19, e ainda há uma grande parte dos servidores da saúde trabalhando sem receber o valor da insalubridade. Até o momento, 42 profissionais da saúde morreram durante a pandemia, alguns nem insalubridade recebiam. Nós, representantes das categorias, não podemos nos calar, como tenta fazer o governo do estado. Não podemos deixar que o descaso com a saúde continue. Os problemas se agravam e só estão sendo resolvidos depois que eles aparecem, como foi o caso dos lixos hospitalares. Se houvesse gestão eficiente, tudo isso seria evitado. A Sesau precisa agir antes que eles aconteçam” disse Flávia.

A presidente do Simero também ressaltou o simbolismo da manifestação realizada. “Esse movimento foi simbólico.  Foi um ‘enterro’ da saúde, na tentativa de mostrar ao governador Marcos Rocha que toda sociedade clama por uma nova gestão na saúde do estado. Uma saúde com mais responsabilidade, com mais respeito pelo funcionalismo e pela população. Todos que aqui estão neste ato fazem parte de um momento histórico, momento de mudanças devido à pandemia e descaso com essa importante Pasta. Já passou da hora desse governo tomar iniciativa. Precisamos buscar e lutar pelo renascimento da saúde no estado de Rondônia. Precisamos de uma gestão mais eficiente e responsável”.  

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