Simero retoma o projeto de visita às unidades de saúde de Rondônia, iniciando o calendário 2020 pela UPA Zona Leste, na capital

Comitiva do Simero ouviu as novas demandas dos médicos e observou a piora na estrutura da Unidade de Pronto Atendimento

Assessoria
Publicada em 17 de fevereiro de 2020 às 10:42
Simero retoma o projeto de visita às unidades de saúde de Rondônia, iniciando o calendário 2020 pela UPA Zona Leste, na capital

O Sindicato Médico de Rondônia (Simero) esteve na UPA Zona Leste, na última quinta-feira (13), em mais uma ação do projeto “Simero Sem Parar”. Na ocasião, a presidente da entidade, Flávia Lenzi, e o vice-presidente, Francisco Inocêncio Novaes, acompanhados da assessoria jurídica do sindicato, foram recebidos pelo médico da unidade de saúde Fábio Luiz Storer, além dos demais médicos plantonistas da Unidade de Pronto Atendimento, que apresentaram as mais diversas situações que afetam o trabalho de todos naquela unidade.

“Defender a classe médica, essa é uma das razões de o Sindicato Médico de Rondônia existir! O objetivo do “Simero Sem Parar” é verificar “in loco” as demandas de todas as unidades de saúde da capital e, após análise das reivindicações da classe médica, tomar as devidas providências”, explicou Flávia, dizendo que o programa também irá concluir, até o meio do ano, os municípios que ainda faltam ser visitados.

Durante a visita na UPA, foi observado uma piora na estrutura da unidade. Falta de pintura nas paredes, presença de bolor e más condições no forro são algumas melhorias que necessitam urgentemente de cuidados.

A ausência de remédios e laboratório para exames é um problema recorrente e mais uma vez foram relatados pelos médicos que atuam na UPA. “Para se ter uma ideia, não temos condição de realizar um exame para verificar a taxa de potássio do paciente”, ressaltou Fábio.

O médico da UPA, juntamente com os demais profissionais presentes na reunião, também foi enfático em citar a falta de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para encaminhar pacientes ao Pronto Socorro João Paulo II. A solução sugerida foi a contratação de uma empresa por parte da Prefeitura para fazer esse transporte específico, assim como já ocorre em outros estados, como em São Paulo, por exemplo; ou que o Samu tenha uma linha vermelha exclusiva para a UPA Zona Leste.

Outro problema recorrente e que preocupa o Simero é a falta de segurança das unidades de saúde como um todo, mas, principalmente, nas UPAS. Segundo os profissionais, ameaças e até agressões físicas e verbais acontecem por parte dos pacientes, na maioria dos casos, classificados com a pulseira verde, ou seja, sem prioridade no atendimento.

Após ouvir as demandas dos profissionais e observar a estrutura das dependências da UPA Zona Leste, ficou definido que o Simero irá criar uma comissão, que ficará responsável por viabilizar as ações legais, visando a tomada das providências necessárias.

“Essa comissão também deve ser formada por médicos daqui da UPA, uma vez que vocês conhecem as demandas. Aproveito para convidá-los a participarem das nossas reuniões no Simero. A nossa união é fundamental para lutarmos por melhorias para a nossa profissão”, salientou a presidente do Simero.

“Como vice-presidente do sindicato e representante do Simero no Conselho Estadual de Saúde, digo que devemos nos unir para lutarmos por melhorias nas condições de trabalho para a classe médica. Precisamos de mais respeito, principalmente vocês que estão aqui na linha de frente, atuando como médicos do serviço público. Necessitamos urgentemente de segurança. Essa é uma de minhas principais preocupações”, disse Francisco Novaes.

O Simero também se prontificou a realizar reuniões com deputados e vereadores, a fim de unir esforços para melhorias na profissão médica. Outra iniciativa definida foi a criação de uma campanha de valorização dos médicos, a ser realizada pelo setor de comunicação do Simero.  

O sindicato também se comprometeu a cobrar providências da Prefeitura no que se refere à falta de remédios, laboratório, transporte (ambulância) e obras de melhorias na estrutura da unidade.

Para diminuir a demanda de pacientes classificados com a pulseira verde e também visando a prevenção, o sindicato ainda irá buscar junto à Prefeitura Municipal a criação de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), próxima à UPA, local onde pacientes com menos risco poderão ser atendidos.

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