Sintero é contrário ao retorno das aulas presenciais sem que haja imunização completa aos profissionais da educação com as doses necessárias das vacinas
O Sintero destaca que foi surpreendido pelo anúncio através dos veículos de imprensa, não sendo notificado previamente sobre o assunto, mesmo sendo o representante legal da categoria
O anúncio feito pelo Governo de Rondônia nesta segunda-feira (21/06) de que o retorno das atividades presenciais na Rede Pública Estadual ocorrerá no dia 1º de agosto, causou preocupação ao Sintero e aos trabalhadores e trabalhadoras em educação. Visto que, grande parte da categoria iniciou somente o primeiro ciclo da imunização, com aplicação apenas da 1ª dose da vacina. O sindicato reforça que seu posicionamento está pautado nas evidências científicas, portanto, defende que o retorno presencial aconteça mediante imunização completa da categoria, com aplicação da 1ª e 2ª doses (Coronavac, Astrazeneca, Pfizer) ou dose única (Jansen) das vacinas contra a Covid-19.
De acordo com os dados do Mapa da Vacinação no Brasil, o Estado de Rondônia imunizou até o momento 404.853 pessoas com a primeira dose da vacina, o que corresponde ao percentual de 22,30% em relação ao total da população rondoniense. Em relação às pessoas que tomaram a segunda dose, o percentual é de 8,09%. Destaca-se que a vacinação aos profissionais em educação iniciou de forma tardia, embora o sindicato tenha encampado a luta pela prioridade da categoria ao longo da pandemia. Em alguns municípios, como é o caso de Porto Velho, houve uma longa espera e somente na última semana foi dado início a aplicação da 1ª dose da vacina.
O Sintero considera o anúncio do Governo do Estado como incabível por não respeitar o ciclo de imunização definido pelos laboratórios. Afinal, se o intervalo entre a aplicação das vacinas foi criado, existe uma justificativa científica para isto. Segundo o estudo publicado na revista The Lancet, o intervalo maior entre as doses da AstraZeneca (90 dias), vacina responsável por 22% das doses aplicadas no Brasil, resulta em maior eficácia, com a vacinação completa, ou seja, duas doses, em 81%. O professor da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, explicou que a segunda dose é necessária, uma vez que ainda não está claro quanto tempo a proteção com apenas uma dose pode durar. Logo, para garantir a imunização de longa duração, os especialistas encorajam a todos e todas a tomarem a segunda dose.
O Sintero destaca que foi surpreendido pelo anúncio através dos veículos de imprensa, não sendo notificado previamente sobre o assunto, mesmo sendo o representante legal da categoria. Ressalta ainda que, não foi ao menos esclarecido sobre a quantidade de profissionais em educação imunizados até a presente data e questiona se há um controle sobre o assunto, para que a sociedade também tenha conhecimento dos fatos, uma vez que a comunidade escolar não é composta somente pela categoria, mas também por estudantes, pais e responsáveis que irão ficar expostos diariamente com o possível retorno.
O Sintero reforça que defende um retorno planejado e com uma abordagem científica clara sobre o assunto. Com autorização dos órgãos sanitários e condições estruturais seguras nas escolas, para que preserve o distanciamento social e assegure os equipamentos de proteção individual para todos e todas.
“Nosso posicionamento foi mantido ao longo da pandemia e assim continuará. Defendemos o retorno das aulas presenciais apenas com vacinação dos profissionais em educação e de uma parcela expressiva da sociedade, com respeito ao ciclo de imunização, ou seja, após aplicação da 2ª dose ou dose única da vacina. Também reivindicamos um retorno planejado e com condições estruturais para que ele se efetive”, disse a presidenta do Sintero, Lionilda Simão.
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