Sintero posiciona-se em defesa da linguagem neutra
Conforme apontam especialistas, a linguagem é um forma de comunicação e representação, que se modifica com as transformações da sociedade
O Sintero, entidade que luta pela inclusão, respeito e contra todas as formas de preconceito e intolerância, posiciona-se contrário à Lei nº 5.123, que proibe o uso da linguagem neutra na matriz curricular e no material didático de instituições de ensino de Rondônia.
O projeto de Lei de autoria do deputado Eyder Brasil (PSL) foi duramente criticado pela Associação Brasileira de Linguística (Abralin) que o caracterizou como uma forma de silenciar e desconsiderar as complexas relações entre a língua e a sociedade. Através de nota pública, a Abralin argumentou que a iniciativa do parlamentar interfere na construção de uma política educacional emancipadora e reflexiva.
Conforme apontam especialistas, a linguagem é um forma de comunicação e representação, que se modifica com as transformações da sociedade. No caso da estrutura da língua binária (masculino e feminino), transformam-se em uma forma de exclusão ao deixar de lado outras possibilidade de identidade de gênero, podendo ocasionar a inviabilização de pessoas da sociedade que buscam por reconhecimento.
Para o Sintero, a iniciativa do projeto aprovado na Assembleia Legislativa de Rondônia visa propagar a ignorância e reforçar a perseguição de grupos que historicamente são marginalizados através de atos de censuras nas instituições públicas de ensino, locais que possuem o dever de propagar uma Educação acessível e sem distinções de gênero.
“A língua não é estática. Portanto, questionar o padrão masculino na linguagem e reivindicar mudanças gramaticais faz parte do processo democrático na sociedade em que vivemos. Ao aprovar projetos como estes, nossos representantes políticos nos retiram a possibilidade de ao menos discutir previamente sobre o assunto, o que é absurdo”, disse Lionilda Simão, presidenta do Sintero.
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Comentários
Um sindicato que representa os profissionais de educação, deveria antes de se manifestar sobre um tema como esse, procurar saber a opinião de seus associados. Não sou contra a forma de linguagem que cada um queira ter ou usar na sua vida. Sou contra impor aos outros na grade curricular.
Por isso os servidores estão as mínguas, tanta coisa para reivindicar e ficam gastando energia para apoiar a ignorância, estimulando o uso de palavras que não existem na gramática, se eu fosse filiado a esse sindicato sairia hoje mesmo...
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