Sintero posiciona-se em defesa da linguagem neutra

Conforme apontam especialistas, a linguagem é um forma de comunicação e representação, que se modifica com as transformações da sociedade

Assessoria
Publicada em 04 de novembro de 2021 às 12:25
Sintero posiciona-se em defesa da linguagem neutra

O Sintero, entidade que luta pela inclusão, respeito e contra todas as formas de preconceito e intolerância, posiciona-se contrário à Lei nº 5.123, que proibe o uso da linguagem neutra na matriz curricular e no material didático de instituições de ensino de Rondônia.

O projeto de Lei de autoria do deputado Eyder Brasil (PSL) foi duramente criticado pela Associação Brasileira de Linguística (Abralin) que o caracterizou como uma forma de silenciar e desconsiderar as complexas relações entre a língua e a sociedade. Através de nota pública, a Abralin argumentou que a iniciativa do parlamentar interfere na construção de uma política educacional emancipadora e reflexiva.

Conforme apontam especialistas, a linguagem é um forma de comunicação e representação, que se modifica com as transformações da sociedade. No caso da estrutura da língua binária (masculino e feminino), transformam-se em uma forma de exclusão ao deixar de lado outras possibilidade de identidade de gênero, podendo ocasionar a inviabilização de pessoas da sociedade que buscam por reconhecimento.

Para o Sintero, a iniciativa do projeto aprovado na Assembleia Legislativa de Rondônia visa propagar a ignorância e reforçar a perseguição de grupos que historicamente são marginalizados através de atos de censuras nas instituições públicas de ensino, locais que possuem o dever de propagar uma Educação acessível e sem distinções de gênero.  

“A língua não é estática. Portanto, questionar o padrão masculino na linguagem e reivindicar mudanças gramaticais faz parte do processo democrático na sociedade em que vivemos. Ao aprovar projetos como estes, nossos representantes políticos nos retiram a possibilidade de ao menos discutir previamente sobre o assunto, o que é absurdo”, disse Lionilda Simão, presidenta do Sintero.

Comentários

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    Jairo Batista Ferreira 04/11/2021

    Um sindicato que representa os profissionais de educação, deveria antes de se manifestar sobre um tema como esse, procurar saber a opinião de seus associados. Não sou contra a forma de linguagem que cada um queira ter ou usar na sua vida. Sou contra impor aos outros na grade curricular.

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    Philip 04/11/2021

    Por isso os servidores estão as mínguas, tanta coisa para reivindicar e ficam gastando energia para apoiar a ignorância, estimulando o uso de palavras que não existem na gramática, se eu fosse filiado a esse sindicato sairia hoje mesmo...

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