Sistema imunológico forte depende de alimentação variada
Pratos coloridos e com alimentos de origem vegetal em abundância são essenciais para manter a imunidade alta
(Crédito: iStock)
A pandemia trouxe discussões sobre cuidados com a saúde, principalmente quanto às formas de prevenção da Covid-19. Além do isolamento social e dos hábitos de higiene, outra forma de proteção começou a ser buscada – desta vez, uma natural: o fortalecimento do sistema imunológico.
Porém o que o momento de tantas mudanças na rotina da população e preocupações com o futuro trouxe para boa parte das pessoas foi exatamente o contrário. Isso porque estados comumente relatados durante a pandemia, como estresse crônico e emoções negativas frequentes (solidão, ansiedade, medo, raiva, preocupação) e hábitos como tabagismo, excesso de bebidas alcoólicas e baixa qualidade do sono, prejudicam a defesa do corpo.
Para reverter esse quadro negativo, além de interromper os costumes nocivos citados, uma alimentação diversificada é essencial. Isso porque o corpo humano demanda uma série de nutrientes diferentes para funcionar de maneira ideal. Por isso, a velha recomendação de montar pratos coloridos e preferir alimentos de origem vegetal, como frutas e verduras, continua sendo uma maneira válida de se certificar que o corpo está recebendo tudo o que precisa.
É o que explica a nutricionista Gabriela Pimentel, atuante em Valinhos (SP): “Os compostos bioativos são componentes dos alimentos de origem vegetal e estão relacionados com as suas cores. Eles possuem diversos benefícios para a saúde, incluindo ação antioxidante, anti-inflamatória, reguladora da função imunológica e da saúde intestinal. Temos como exemplo a quercetina, presente na maçã e na cebola, o resveratrol, presente nas uvas, as catequinas, presentes no chá verde, e a curcumina, presente no açafrão da terra.”
Além desses, há outros alimentos que a nutricionista cita como aliados do bom funcionamento do sistema imune. Dentre eles, pode-se citar uma variedade de frutas, vegetais, oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes), sementes (linhaça, girassol, gergelim, abóbora), leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), cereais integrais (aveia), raízes e tubérculos (mandioca, batata-doce, inhame, mandioquinha), ervas e especiarias (gengibre, açafrão-da-terra, manjericão, alecrim, tomilho) e prebióticos (alho, batata-doce, alho-poró, banana verde).
Quando o assunto é o que ingerir para melhorar a imunidade, fala-se muito do uso de suplementos, como a glutamina e o whey protein. Apesar desses produtos não serem proibidos e poderem ser utilizados em casos específicos, não são sempre essenciais e tampouco substituem uma boa alimentação.
“O uso de suplementos deve ser indicado de forma individualizada e avaliado caso a caso, isto é, nada é para todo mundo. Existem diversos suplementos alimentares que podem atuar como coadjuvantes do sistema imunológico, modulando sua função, mas o que vai determinar se são necessários ou não, qual opção será utilizada, qual dose e por quanto tempo, depende de uma avaliação detalhada de cada pessoa, incluindo sua história clínica, hábitos alimentares, hábitos de vida, sinais e sintomas, exames de sangue, uso de medicamentos, etc.”, esclarece Gabriela.
É importante ressaltar que é um estilo de vida constante que dá resultados positivos na saúde corporal e que não existem substâncias que melhoram a imunidade instantaneamente. Nesse contexto, Gabriela Pimentel ainda ressalta a importância de buscar a orientação de um profissional para estabelecer uma dieta ideal: “A saúde como um todo, incluindo a imunidade, é reflexo de um conjunto de hábitos alimentares e hábitos do estilo de vida. Por isso, não existe um único alimento milagroso. Além disso, cada pessoa e organismo são únicos. Dessa forma o ideal é que as recomendações alimentares e nutricionais sejam individualizadas”.
“Em virtude do panorama atual, o Conselho Federal de Nutricionistas publicou uma nota oficial com orientações e alertas à população, como acessar informações de fontes confiáveis, conhecer o Guia Alimentar para a População Brasileira e, quando desejar orientação nutricional, procurar um nutricionista, pois é o profissional habilitado para a prescrição dietética com base no estado nutricional do paciente”, informa a nutricionista.
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