TCE desmonta propaganda do Governo Marcos Rocha e revela colapso na saúde pública de Rondônia
A Secom, comandada por Rosângela Aparecida da Silva, sob coordenação da Casa Civil, liderada por Eliaz Resende, tem sido apontada como a responsável por tentar sustentar uma narrativa distante da realidade, utilizando recursos públicos para vender uma imagem de eficiência na gestão da saúde que não resiste à mínima verificação dos fatos

PORTO VELHO (RO) – Enquanto o governador Marcos Rocha (União Brasil) fazia lives de dentro de um bunker em Israel, durante uma controversa viagem bancada com dinheiro público, a saúde em Rondônia mergulhava em um colapso sem precedentes. Em meio a escassez de medicamentos e falhas graves na estrutura hospitalar, o caso trágico da morte de uma criança no Hospital Infantil Cosme e Damião expôs o fracasso absoluto da gestão estadual na área da saúde.
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), por meio das Fiscalizações Permanentes na Saúde, realizou uma nova rodada de vistorias em hospitais estaduais neste domingo (13), revelando um cenário crítico que desmente a propaganda oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação (Secom) do governo. A ação fiscalizou as unidades João Paulo II, Hospital de Base Ary Pinheiro, Hospital Infantil Cosme e Damião e o Cemetron, todas localizadas na capital.
Publicidade
João Paulo II: superlotado e com equipamentos parados
No Pronto-Socorro João Paulo II, classificado nacionalmente entre os piores hospitais do país, a equipe do TCE encontrou o aparelho de raio-X inoperante, ventiladores mecânicos com defeito e tomógrafo fora de uso. Além disso, pacientes seguem internados nos corredores por falta de leitos, situação agravada por infiltrações, banheiros em condições precárias e uso de panos coletivos para higienização das mãos.
A situação contradiz frontalmente a divulgação do governo sobre uma suposta “reforma histórica” em andamento na unidade. O TCE já havia notificado a direção do hospital na sexta-feira (11), alertando para os riscos do funcionamento precário.
Cosme e Damião: tragédia e abandono
No Hospital Infantil Cosme e Damião, a fiscalização encontrou ausência de servidores durante os plantões, equipamentos essenciais parados por falta de manutenção e falhas graves na infraestrutura. Os aparelhos de ar-condicionado seguem sem funcionar adequadamente, contribuindo para o ambiente insalubre e a superlotação. Foi nessa unidade que uma criança morreu por falta de medicamento, episódio que gerou forte comoção pública.
Hospital de Base: falta de profissionais e insumos básicos
Já no Hospital de Base Ary Pinheiro, o TCE constatou número insuficiente de profissionais, o que comprometeu inclusive o sistema de classificação de risco no setor obstétrico. Mulheres em trabalho de parto aguardavam atendimento em corredores. A UTI Neonatal também sofre com déficit de pessoal. A inspeção revelou ainda falta de materiais essenciais, como seringas, luvas, gaze e termômetros.
Cemetron: queda de energia e equipamentos ao relento
No Cemetron, hospital referência em doenças infectocontagiosas, os auditores identificaram quedas constantes de energia elétrica, apenas um aparelho de gasometria em funcionamento e equipamentos laboratoriais com defeitos. Parte dos equipamentos está armazenada em corredores e áreas externas, expostos ao clima. O abrigo de resíduos está sendo utilizado como depósito, com lixo comum a céu aberto.
Propaganda milionária e enganosa x realidade da saúde
Apesar do caos, a comunicação oficial do governo de Rondônia insiste em divulgar melhorias e obras estruturantes, muitas vezes sem respaldo na realidade. A agência de publicidade contratada pelo governo a peso de ouro divulga peças publicitárias que exaltam ações e obras que, segundo as fiscalizações do TCE, não existem ou estão longe de serem concretizadas.
A Secom, comandada por Rosângela Aparecida da Silva, sob coordenação da Casa Civil, liderada por Eliaz Resende, tem sido apontada como a responsável por tentar sustentar uma narrativa distante da realidade, utilizando recursos públicos para vender uma imagem de eficiência na gestão da saúde que não resiste à mínima verificação dos fatos.
TCE cobra providências e é elogiado por profissionais
De acordo com o TCE-RO, os resultados das fiscalizações subsidiarão medidas corretivas e cobranças formais junto à administração estadual. Profissionais da saúde e pacientes elogiaram a atuação do Tribunal. “É um trabalho bom para a sociedade”, afirmou Arivaldo Teixeira, auxiliar de serviços. “É onde está a esperança para todos”, completou a técnica de enfermagem Janaina Rodrigues.
As vistorias reforçam a necessidade de medidas urgentes por parte do governo estadual para garantir a segurança no atendimento à população e preservar a integridade das estruturas hospitalares. O relatório final servirá de base para novas recomendações e eventual responsabilização administrativa dos gestores públicos envolvidos.
Fracasso
O colapso da saúde pública estadual em Rondônia, somado à insistência do governo em propagar inverdades sobre uma realidade já escancarada, configura um dos maiores fracassos da administração Marcos Rocha. Em dois mandatos, o governador não cumpriu a promessa de construir um novo hospital de urgência, preferindo investir em propaganda e viagens internacionais, enquanto a população enfrenta a escassez de remédios, estrutura precária e mortes evitáveis.
Aposentados já podem pedir de volta descontos indevidos
Adesão ao ressarcimento começou na sexta; valor será pago com correção e sem ação na Justiça
Em 6 anos, Energisa investiu mais de R$ 1,2 bilhão na região Sul de Rondônia
Entre as principais obras realizadas, destacam-se as novas subestações (SEDs) Vilhena II, Santa Luzia e Pacaranã, além da ampliação e modernização das unidades de Rolim de Moura e Cacoal
Prefeitura apresenta Lei que prevê multa de até R$ 10 milhões para queimada ilegal
O projeto foi protocolado pelo prefeito Léo Moraes na Câmara de Vereadores
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook