Torre de Babel

Essa situação não pode mais perdurar, porque dela exclusivamente provêm a angustia e o desespero do povo, a inquietação e a insegurança da sociedade

Valdemir Caldas
Publicada em 08 de fevereiro de 2021 às 19:44
Torre de Babel

Nesses tempos de pandemia, o país parece que vive numa verdadeira Torre de Babel. Os que deveriam abrir caminhos para facilitar a jornada do povo rumo a um porto seguro, parecem mais perdidos que cego em tiroteio. Ora o presidente da República diz uma coisa; ora seu ministro da saúde intenciona outra, sem que ninguém se entenda nem surja uma proposta comum de solução para, pelo menos, amenizar a dor da população. Esta, por sua vez, encontra-se atônita e perplexa, sentindo-se órfã de tudo, principalmente de comando, de liderança e até mesmo de exemplos orientadores. Vivemos como um barco à deriva em pleno mar revolto, em meio à tempestade, porém o que muitos não perderam e, certamente, jamais perderão, é a fé em Deus de que um dia tudo isso vai passar, apesar do egoísmo e da ambição que dominam os corações de uns poucos.

O momento nacional está marcado por uma confusão generalizada, uma crise de liderança poucas vezes vista na história politica recente deste país. É como se a vida não significasse absolutamente nada no conceito de alguns que nos governam, como se ela fosse um papel inútil que se atira na lata do lixo. Pelo amor de Deus! Vamos colocar a mão na consciência! Enquanto milhares de pessoas estão morrendo todos os dias, vítimas da Covid-19, autoridades ficam empurrando as providências com a barriga. Essa situação não pode mais perdurar, porque dela exclusivamente provêm a angustia e o desespero do povo, a inquietação e a insegurança da sociedade.

Não basta apenas encher a boca e dizer que é patriota ou coisa do gênero. É preciso ter responsabilidade e, principalmente, respeito à população, para que esta possa voltar a acreditar no poder e na autoridade. O povo está desesperado, enquanto autoridades e dirigentes públicos seguem embalados numa ilusão, como um romântico que se ignora.  

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