Trabalhadores demitidos pelo Bradesco devem buscar imediato apoio jurídico oferecido pelo Sindicato

Os bancários demitidos que procuraram o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO)

Rondineli Gonzalez - SEEB/RO
Publicada em 05 de novembro de 2020 às 10:59

O Bradesco demitiu mais dois trabalhadores em Rondônia na última sexta-feira (30/10), desta vez em Ji-Paraná. E isso ocorreu somente algumas horas após ter desligado duas bancárias em Ouro Preto do Oeste e outra em Porto Velho. Agora já são 20 demitidos pelo Bradesco de setembro até o final de outubro no Estado.

Os bancários demitidos que procuraram o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) em posse de exames médicos que confirmam LER/DORT ou quaisquer outras doenças ocupacionais (causadas no exercício da atividade laboral), já foram incluídos num pedido feito pelo Sindicato ao Departamento de Recursos Humanos do banco, que reivindica a revogação imediata dessas demissões de forma administrativa. Caso o banco não se pronuncie imediatamente o Sindicato levará estas demandas para o campo judicial. 

“Os trabalhadores que forem demitidos pelo Bradesco devem realizar os exames como ultrassom e ressonância magnética, e juntar os laudos e atestados médicos para que possamos pedir a anulação dessas demissões via administrativa. Em caso de negativa por parte do banco, o Sindicato conta com a assessoria jurídica de um Escritório de Advocacia que possui mais de 25 anos de experiência e vitórias nas ações impetradas em favor dos trabalhadores, principalmente nos casos de reintegração ao trabalho”, destaca José Pinheiro, presidente do Sindicato.

Um dia antes dessas demissões, aconteceu em todo o país o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Banco Bradesco, que foi parte de uma campanha que o movimento sindical bancário encampa em todo o país com o objetivo de denunciar a quebra do compromisso assumido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), feito em mesa de negociação com o Comando Nacional Bancário, de não realizar demissões durante a pandemia.

Os bancos já demitiram mais de 12 mil trabalhadores este ano, de acordo com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Um claro descumprimento ao acordo firmado em março.

O Bradesco fechou 372 agências no terceiro trimestre do ano. Ao final de setembro, eram 4.167 agências físicas. O número de demissões chegou em 853 e o total de funcionários era de 95.934 ao final de setembro.

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