Tratamento de câncer deve ser feito mesmo durante a pandemia do coronavírus
Vacinas disponíveis no Brasil podem ser aplicadas em pacientes com a doença
Exibida em todas as plataformas digitais da Record TV, nesta sexta-feira (26), a ‘Live JR’ trouxe o Diretor Geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), o oncologista Paulo Hoff, e o médico epidemiologista da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, para falar sobre a importância de manter o tratamento contra o câncer durante a pandemia. Ao vivo, o apresentador Celso Freitas e o repórter Luiz Fara Monteiro entrevistaram os médicos. Anualmente, o Brasil descobre cerca de 19 milhões de casos de câncer e registra cerca de 10 milhões de mortes pela doença. "No início da pandemia, os dados de rastreamento da doença despencaram e cerca de 30% não estavam sendo identificados. São novos casos de câncer que serão diagnosticados posteriormente em um estágio mais avançado", afirma o oncologista Paulo Hoff. Ele disse não haver dúvidas de que a pandemia do coronavírus agravou a identificação e o tratamento do câncer. Destacou ainda a estimativa de que até o ano de 2040 serão identificados mais de 30 milhões de casos por ano no país. Alguns importantes impactos da pandemia no diagnóstico e tratamento do câncer foram citados pelo epidemiologista Alfredo Scaff. "Nos hospitais, grande parte da infraestrutura agora tem que ser desviada para o tratamento dos pacientes com a doença. Obviamente, é uma prioridade, mas gera uma discussão na disponibilidade de serviço. As pessoas que trabalham nos hospitais estão cansadas, dedicando atenção em se proteger da melhor maneira possível e dar um bom atendimento aos pacientes que chegam. E os pacientes têm medo de ir até uma consulta. No início, nós mesmos, profissionais de saúde, encorajávamos as pessoas a ficarem em casa, imaginando que a pandemia iria passar, mas isso acabou virando um grande problema." Diferentemente do que foi pregado por oncologistas no início da pandemia, hoje, os médicos da área afirmam a importância de não deixar as biópsias de câncer para última hora. Respeitar o isolamento social será uma prioridade por tempo indeterminado, mas evitar os exames rotineiros é o mesmo que ampliar o período de tratamento do doente, o que pode acarretar maior risco de mortalidade. De acordo com Scaff, pessoas que têm câncer e contraíram o coronavírus, devem se proteger ainda mais se comparado àquelas livres do vírus. O respeito ao isolamento social, utilização de máscaras e princípios básicos para evitar o contágio do coronavírus devem ser levados à risca. "Nós da Fundação e eu, particularmente, brigo muito para que o paciente com câncer seja um paciente rapidamente vacinado. Que a gente traga logo essas pessoas para o grupo de risco e para a vacinação assim que possível.", recomendou por fim o epidemiologista. Segundo Alfredo Scaff, as vacinas em aplicação no Brasil (CoronaVac e vacina de Oxford), são seguras e podem ser aplicadas em pacientes com câncer. "A vacina de vírus inativado já é usada em pacientes oncológicos. Sabemos que os efeitos do vírus inativado nos pacientes são muito pequenos", afirma. Esse e outros assuntos podem ser acessados na ‘Live JR’ . Sobre a Live JR A ‘Live JR’ já entrevistou os ministros do STF Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina e o ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Essa última entrevista registrou mais de 4 milhões de impactos. A ‘Live JR’ é transmitida pelas redes sociais do Jornal da Record, pela Record News e pelo portal R7.com. Os melhores momentos são reprisados no Jornal da Record, às 19h45, e nas edições do Fala Brasil, às 8h45. |
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