Com apoio da Executiva Nacional do Partido, Fátima Cleide impôs uma derrota histórica aos seus companheiros rondonienses e se consagra como candidata ao Senado, colocando em risco as chances dos postulantes à vagas na Assembleia e Câmara federal

O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, em julgamento de questão de ordem na tarde desta quarta-feira,  decidiu, por unanimidade, manter a coligação do PT apenas com o PSOL. Com isso, fica assegurada a decisão da Executiva Nacional que proibiu o PT local de se coligar com outros partidos que não o P Sol e o PC do B.

A decisão do TRE representa uma vitória da ex-senadora Fátima Cleide (PT) sobre as lideranças locais, pois agora ela poderá ser candidata ao Senado. Na convenção, o PT rondoniense tinha deliberado participar da coligação liderada pelo senador Acir Gurgacz (PDT), candidato a governador, que já tem dois candidatos ao Senado – Carlos Magno e Jesualdo Pires.

À Fátima Cleide o PT tinha oferecido uma vaga para disputar a Câmara Federal ou a Assembleia Legislativa. Fátima Cleide manobrou por cima e conseguiu o apoio da Exectuiva Nacional, que anulou a convenção petista e impôs uma coligação apenas com o PSOL e o PC do B. Este último partido aliou-se ao MDB.

Com a decisão desta terça, os juízes eleitorais validaram o ato da Executiva Nacional petista que impôs a candidatura de Fátima Cleide ao Senado, de Pimenta de Rondônia (PSol) ao Governo  e do petista Paulo Benito a vice-governador, deixando os candidatos proporcionais (deputados estaduais e federais) sem outra alternativa que não seja se coligar apenas com o nanico PSOL, correndo o risco de não eleger ninguém em Rondônia.