“Um leão sem dentes”: assim o mercado enxerga Bolsonaro após 100 dias de governo

Esses grupos dizem que, dado o cenário apontado pelo Datafolha, restam dois caminhos: ou o Planalto se convence da necessidade de composição e tenta alavancar a agenda no Congresso por essa via, ou dobra a aposta e radicaliza o discurso.

Diário do Centro do Mundo/DCM
Publicada em 08 de abril de 2019 às 10:01
“Um leão sem dentes”: assim o mercado enxerga Bolsonaro após 100 dias de governo

Há quem acredite que ele pode dobrar a aposta no radicalismo

Presidentes de partidos e analistas do mercado financeiro compartilharam ontem (7) a mesma dúvida sobre a reação que Jair Bolsonaro deve ter diante do desgaste que os primeiros cem dias de governo causaram ao seu capital político.

Esses grupos dizem que, dado o cenário apontado pelo Datafolha, restam dois caminhos: ou o Planalto se convence da necessidade de composição e tenta alavancar a agenda no Congresso por essa via, ou dobra a aposta e radicaliza o discurso.

O aparente desprezo do presidente e de seus aliados pelos dados levou parte do mercado e da política a colocar suas fichas no segundo e mais conturbado caminho: o da radicalização do discurso.

Um conselheiro de bancos e investidores avalia que Bolsonaro pode ter perdido o timing de maior influência sobre o Congresso e corre o risco de ser visto agora como um “leão sem dentes” —o que seria ruim para a reforma da Previdência.

Esse analista diz que, escorado só em 30% da sociedade —32% classificam o governo como ótimo ou bom—, o presidente terá pouca chance de êxito. Historicamente, PT tem apoio de um percentual semelhante e “hoje ninguém mais tem medo dele”.

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