Um nome a ser guardado: Ibaneis Rocha
"Como não admitir que o tal Ibaneis tenha sido claramente incompetente, quando não cúmplice, do que se viu?", questiona Eric Nepomuceno
O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro e da Justiça, Flavio Dino, falam à imprensa após reunião com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (Foto: Renato Alves/ Agência Brasília)
Nada mais anunciado ao que se viu em Brasília: invasões do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.
Há um responsável por essa agressão rigorosamente ilegal? Sim, ele: Jair Messias. E há um culpado: sim, Ibaneis Rocha.
Confesso que numa rápida consulta ao doutor Google não consegui descobrir se Ibaneis é nome ou sobrenome. Por exemplo: João Ibaneis. Mas se vingar por ter esse nome ou esse sobrenome não desculpa ninguém de suas culpas.
Esse fulano tem de ser sumariamente afastado. É da responsabilidade do seu governo a segurança da capital da República. E não faltaram avisos dos perigos que significava a invasão de seguidores de Jair Messias.
O que vimos pela televisão era um punhado, punhado e meio se tanto, de policiais para proteger Congresso, STF e o que mais fosse desse bando de criminosos amalucados.
Como não admitir que o tal Ibaneis tenha sido claramente incompetente, quando não cúmplice, do que se viu?
Como não exigir sua imediata demissão e, como consequência irremediável, sua condução para uma cela de cadeia, devidamente algemado?
E o tal de Anderson das quantas, acho que Torres, que trabalhou com Jair Messias e virou secretário de Segurança ou coisa parecida do Ibaneis? Pode continuar solto? Enquanto Brasília era invadida, onde estava esse canalha? Pois na Flórida, com Jair Messias, o Genocida.
E cadê uma intervenção direta do governo federal diante de semelhantes atentados? Claro que precisa da aprovação do Congresso, mas qual a razão de não decretar essa urgência e convocar de emergência quem quer que seja?
Taí, Jair Messias conseguiu cumprir o sonho de seu ídolo, Donald Trump. O bandidinho copiou com êxito o bandidão. Canalhas, canalhas, canalhas.
Há leis contra os chamados crimes contra o Estado de Direito. Elas têm de ser aplicadas. Mas, antes, é urgentíssimo que as forças nacionais de segurança façam uma varredura e prendam essa gente.
Sim, sim, o que se viu era mais do que cantado. E também era cantado que o tal Ibaneis ia fazer corpo mole.
Vi na televisão policiais tirando fotos e sorrindo, em vez de entrar em ação. Excrementos morais, excrementos humanos. Cúmplices, pois.
O que não entendo é a razão de Fábio Dino, ministro da Justiça, não ter determinado de saída que a Força Nacional entrasse em ação. Com os três poderes – Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal – invadidos, cadê ele? E cadê o Lula, a quem corresponde decretar intervenção federal em Brasília?
Eric Nepomuceno
Eric Nepomuceno é jornalista e escritor
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