Vencedora de prêmio nacional de educadora do ano é atacada a tiros em Rondônia

A tentativa de homicídio ocorreu quando ela e o marido voltavam de moto para a Aldeia Paiter Suruí, entre a noite de quarta-feira (29) e esta quinta-feira (30).

Tudorondonia
Publicada em 01 de dezembro de 2017 às 09:09
Vencedora de prêmio nacional de educadora do ano é atacada a tiros em Rondônia

Cacoal, Rondônia - A vencedora do prêmio "Educador do Ano" 2017, Elisângela Dell-Armelina Suruí, foi atacada a tiros por bandidos em Cacoal (RO). A tentativa de homicídio ocorreu quando ela e o marido voltavam de moto para a Aldeia Paiter Suruí, entre a noite de quarta-feira (29) e esta quinta-feira (30). O casal não se feriu no ataque e fugiu a tempo para pedir ajuda.

Nesta quinta-feira, Elisângela foi até a Polícia Federal (PF) de Ji-Paraná para registrar uma ocorrência.

Naraymi Suruí, esposo da educadora, é cacique na aldeia Paiter Suruí da Linha 12 e acredita que o ato foi uma retaliação por parte de madeireiros que estavam derrubando castanheiras na terra indígena Sete de Setembro e foram expulsos pelos indígenas.

Conforme Elisângela, ela, o esposo e o cunhado dele foram a Cacoal na quarta-feira para despachar uma carga de castanha para ser beneficiada no Paraná.

Quando retornavam de moto para a aldeia, à noite, foram seguidos por uma dupla que também estava em uma moto. Os suspeitos emparelharam com a moto do casal, apontaram uma arma de fogo e efetuaram vários disparos em direção ao casal.

“Quando deram o primeiro tiro a gente caiu e ficou por trás da moto e eles continuaram atirando. Quando estavam descendo do veículo para ir em nossa direção, o cunhando de meu marido, que estava para trás, se aproximou e eles se assustaram e correram”, conta.

Depois que os atiradores foram embora, as vítimas pediram ajuda a um morador às margens da estrada, que acionou a Polícia Militar (PM).

“Os policiais perguntaram se a gente tinha alguma desavença e nos orientou a não seguir viagem para aldeia, com isso, eles nos escoltaram até a cidade onde passamos a noite na casa de um amigo e hoje (quinta-feira), fomos prestar depoimento na Polícia Federal”, revela.

Ameaças

Há cerca de duas semanas, de acordo com a professora, os indígenas da aldeia foram recolher castanhas e se depararam com madeireiros cortando as árvores de castanheiras. Eles estavam tirando o material da floresta em caminhões, o que revoltou a população local.

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