Vereador é alvo de suspeita de doação irregular; ele nega

A situação do vereador, caso se comprove, poderia resultar em uma representação eleitoral por possíveis irregularidades no financiamento e/ou gastos da campanha eleitoral

Tudorondonia
Publicada em 08 de fevereiro de 2021 às 10:33
Vereador é alvo de suspeita de doação irregular; ele nega

O Sistema de Investigação de Contas Eleitoral (Sisconta) detectou uma suposta doação irregular de recurso de campanha realizada pelo vereador Waldison de Freitas Neves, também conhecido como Valtinho Canuto (DEM), no valor de R$ 15 mil. 

O vereador seria  beneficiário do Bolsa-Família, Programa do Governo Federal para cidadãos de baixa renda, de quem receberia mensalmente R$ 600 e, por isso, jamais teria condições financeiras, em situações reais de pobreza, de fazer doação de outros valores. Valtinho Canuto nega que receba o Bolsa Família. 

O Sisconta é um programa desenvolvido pelo Ministério Pùblico Federal e utilizado na identificação de candidatos inelegíveis, além de possíveis irregularidades na arrecadação ou gastos na campanha eleitoral e doações irregulares feitas por pessoas físicas.

O espelho da suposta irregularidade consta no Relatório de Conhecimento nº 161666/2020, emitido pelo MPF em Brasília, dia 11 de dezembro do ano passado,  e  produzido pelo SisConta Eleitoral 2020 através de informações  obtidas por meio do cruzamento entre os dados de despesas e receitas disponibilizados no Sistema DivulgaCandContas. 

A situação  do vereador, caso se confirme,  poderá resultar em uma representação eleitoral por possíveis irregularidades no financiamento e/ou gastos da campanha eleitoral. Valtinho é um dos vereadores eleitos pelo bairro triângulo e é filho do ex-vereador Valter Canuto. 

O Sistema de Investigação de Contas Eleitoral (Sisconta Eleitoral) 2020 possui doze módulos, dos quais o"Ficha Suja", o "Conta Suja" e a "Doação Irregular" são largamente utilizados para investigações eleitorais.

OUTRO LADO 

O vereador disse a uma repórter da Sic News, por meio do whatsapp, que não recebe Bolsa Família e que sua filha mais nova tem 25 anos de idade. Ele admitiu que solicitou o recebimento do auxílio emergencial pelo aplicativo pois não trabalhava de carteira assinada e não tinha renda fixa, mas na época, a solicitação foi indeferida.

Ele fez um recurso e o pedido foi deferido, mas decidiu não sacar os valores. "Posso provar com extratos da Caixa Econômica que não fiz nenhuma retirada. E não se trata de situação de Bolsa Família pois não tenho filhos menores nem estudando", disse o vereador à repórter da emissora. 

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