Vereador que critica excesso de cargos comissionados já foi portariado na Câmara e na prefeitura, revelam documentos
Pagani usou tribuna da Câmara para denunciar o prefeito Eduardo Japonês
Nesta semana, o vereador Dhonatan Pagani (PSDB) foi à tribuna da Câmara de Vilhena e exibiu vídeos para mostrar que o prefeito Eduardo Japonês não cumpriu uma de suas principais promessas de campanha: reduzir o número de servidores comissionados.
Exibindo os números crescentes ano após ano, Pagani disse eu Japonês fez exatamente o contrário do que pregava: aumentou em 70% as portarias em sua gestão. Segundo o parlamentar, a previsão é que a prefeitura de Vilhena gaste mais de R$ 13 milhões este ano para pagar os salários de servidores não concursados (CONFIRA AQUI).
Diante da estridência do parlamentar, um servidor comissionado enviou informações ao site para mostrar que a luta atual do tucano contra a categoria contrasta com o que ele praticou no passado: Dhonatan já ocupou cargos comissionados na prefeitura e na Câmara.
Segundo os dados apurados pelo denunciante no Portal da Transparência, Pagani foi nomeado nos dois últimos anos da gestão do então prefeito Zé Rover e trabalhou de 2015 a 2016, lotado no Tiro de Guerra. Na Câmara, ele entrou em 2017 e ficou até 2020, lotado no gabinete do vereador Rafael Maziero, também do PSDB.
As informações incluem ainda os gastos com o então assessor parlamentar, que em três anos no Parlamento vilhenense recebeu R$ 156.246,59 de salários, mais R$ 9.406,66 em acertos trabalhistas. Ele deixou a função para fazer a campanha vitoriosa, na qual foi eleito o vereador mais votado do pleito de 2020.
“Agora tem toda essa coragem para criticar os comissionados... nem parece que passou cinco anos na mamata”, ironizou o autor da denúncia.
O OUTRO LADO
Ao ser questionado pelo site sobre a situação, o vereador enviou uma foto e a seguinte resposta, por escrito: “não é errado ser portariado, o errado é colocar portariado que não trabalha, que só serve para conchavo político. Quem criou o modelo administrativo de portaria foi o Exército Brasileiro. Minha nomeação nessa época foi a pedido do Sargento do Tiro de Guerra, trabalhei lá após servi como Soldado R2. O problema é o Administrador abusar assim como vem sendo feito. Tem muitos comissionados que trabalham arduamente, já outros é apenas favor: e nesse segundo caso a prefeitura está cheia”.
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