Vigilância contra doença da vaca louca tem que ser constante, alerta Idaron

Além disso, a doença pode ser transmitida ao ser humano, se ele comer determinados produtos de um animal que tenha contraído a doença.

Antonia Lima/Fotos: Arquivo Secom
Publicada em 04 de abril de 2019 às 15:37
Vigilância contra doença da vaca louca tem que ser constante, alerta Idaron

É proibido no Brasil o uso de qualquer tipo de alimento que contenha proteína ou gordura de origem animal

A Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, mais conhecida como doença da vaca louca, teve seus primeiros casos ocorridos na década de 80 na Europa.  A doença é causada por uma proteína chamada príon, que pode ser transmitida aos ruminantes (principalmente bovinos) quando alimentados com ração contendo farinha de carne e ossos de animais com a doença.

Além disso, a doença pode ser transmitida ao ser humano, se ele comer determinados produtos de um animal que tenha contraído a doença.

DOENÇA DA VACA LOUCA

É uma doença que afeta o sistema nervoso, principalmente dos bovinos e até mesmo do homem, causando mudanças de comportamento, andar cambaleante, paralisia e sempre leva à morte. Por fazer com que os bovinos fiquem com o comportamento alterado, a enfermidade ficou conhecida como doença ou mal da vaca louca.

O Brasil nunca registrou caso dessa doença, que é de grande risco à saúde pública. A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) orienta os criadores de ruminantes, que são os bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos quanto aos cuidados com a alimentação dos seus animais, informando da proibição do uso de proteínas e gorduras de origem animal na sua alimentação.

Segundo o Presidente da Idaron, Júlio César Rocha Peres, se a doença fosse introduzida no país, levaria à perda de bilhões de dólares pela restrição da exportação de carne bovina.

Rondônia tem mais de 14 milhões de cabeças de gado bovino, sendo o 4º estado brasileiro que mais exporta carne bovina no país, e o Brasil é o maior exportador de proteína animal do mundo, por isso a preocupação para que a doença não chegue até nosso rebanho.

TRANSMISSÃO

A doença é causada por uma proteína infectante chamada de príon. Sua principal forma de transmissão em ruminantes é por alimentos contento proteínas e gorduras de origem animal, como farinha de carne e ossos, cama de frango e resíduos da criação de suínos. Já no homem, a transmissão acontece através da ingestão de carne contaminada.

ORIENTAÇÕES

Presidente da Agência Idaron sobre cuidados com alimentação do rebanho de Rondônia

É proibido no Brasil o uso de qualquer tipo de alimento que contenha proteína ou gordura de origem animal, como farinha de carne e ossos, cama de frango e resíduos da criação de suínos, na alimentação de ruminantes. Também é proibido o uso de rações próprias para aves, suínos, equinos e peixes na alimentação de ruminantes.

Caso o produtor prepare em sua propriedade ração, concentrados ou suplementos proteicos para alimentação de aves, suínos, equinos e peixes, não utilize os mesmos equipamentos e utensílios para a manipulação de alimentos destinados a ruminantes, devido ao risco de contaminação.

FISCALIZAÇÃO

De acordo com Coordenador do Programa Estadual de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB, Dalmo Bastos Sant’Anna, a Agência Idaron realiza fiscalização de alimentos para ruminantes, nas propriedades rurais que usam suplementação do rebanho. O objetivo da visita é certificar que os animais não estão consumindo alimentos que contenham em sua composição proteínas e gorduras de origem animal.

Outra fiscalização feita pela Agência é relacionada a cama de frango, que é composta pelo material usado para forrar o piso do aviário, que pode ser de palha de arroz, maravalha, feno de capim ou serragem com fezes, urina, penas e restos de ração, provenientes das granjas comerciais de aves. Esse material, rico em proteína de origem animal, não pode ser consumido por ruminantes. A Idaron controla a venda do produto e verifica, nas propriedades que adquiriram a cama de frango, o seu destino, que é a adubação de hortas e de pastagens.

Além disso, a Idaron ainda fiscaliza a utilização da farinha de carne e ossos  adquirida pelos produtores rurais. Essa farinha é produzida em estabelecimentos com inspeção federal e é comercializada com a finalidade de produzir ração para animais não ruminantes.

VIGILÂNCIA

A EEB está incluída no sistema de vigilância da raiva. Isto significa que, quando a Agência Idaron recebe a notificação da existência de um ruminante com sinais nervosos, todo um processo de vigilância é iniciado. A Agência, num prazo de 12 horas, envia um médico veterinário à propriedade, para verificar se é mesmo de um caso suspeito de doença nervosa. Sendo o caso confirmado, é feito o acompanhamento do quadro e, vindo a óbito o animal, ocorre a coleta de material para diagnóstico de raiva e EEB. Num primeiro momento é realizado o exame laboratorial para diagnóstico da raiva. Os resultados negativos para a raiva são, então, encaminhados para um laboratório oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para o diagnóstico de EEB.

Frigoríficos com inspeção oficial (SIF-federal e SIE-estadual) também enviam amostras de material de bovinos abatidos para diagnóstico de EEB, seguindo critérios definidos pelo MAPA.

Você pode ajudar a manter nosso Estado livre da doença da vaca louca, caso observe algum ruminante com sinais nervoso, comunique imediatamente `Agência Idaron.

Denuncie o uso de farinha de carne e osso, cama de frango e resíduos da criação de suínos na alimentação de ruminantes.

DISQUE DENÚNCIA 0800 704 9944

DISQUE IDARON 0800 643 4337

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