Violência sexual contra crianças é tema de mesa redonda

A mesa redonda foi realizada na última semana, com bons resultados para a consolidação de ações para o combate a essa realidade

Assessoria de Comunicação Institucional
Publicada em 05 de junho de 2020 às 13:11
Violência sexual contra crianças é tema de mesa redonda

O evento foi feito por videoconferência

O enfrentamento da violência sexual contra criança e adolescente foi o tema da videoconferência realizada por iniciativa do Nucleo Psicossocial da Comarca de Machadinho d’Oeste, sob a coordenação do juiz Muhammad Hijazi Zaglout, que contou com a participação de autoridades, profissionais da rede de assistência municipal de Machadinho e Vale do Anari. A mesa redonda foi realizada na última semana, com bons resultados para a consolidação de ações para o combate a essa realidade.

A psicóloga Sírlei Felberg trouxe à discussão as contingências envoltas no complexo contexto da violência sexual, dando ênfase na importância da criança identificar, no contexto, um adulto de referência que a ouça e credibilize sua denúncia, para que esta criança sinta-se validada, protegida e capaz de romper o silêncio dos abusos. E que a ausência deste adulto, capaz de ouvi-la, pode contribuir para a criança silenciar-se.

A psicóloga Luana Cunha explanou sobre os danos no campo da saúde mental, a curto e longo prazo, causados pelas marcas psíquicas da violência sexual, principalmente quando tal quadro se estende por longo período da vida, comumente abarcando toda a infância.
A assistente social Naíra Ferreira destacou como a violência sexual traz marcas do contexto cultural, social e familiar e a importância de haver uma leitura holística para a compreensão do fenômeno da violência sexual infanto-juvenil.

A promotora Naiara Lazzari enfatizou a importância do trabalho em equipe para a maior assertividade nas avaliações e decisões dos casos em que se busca garantir os direitos das crianças e adolescentes vítimas da violência sexual. Destacou, também, a necessidade da criação de um fluxo para atendimento assertivo dentro da rede de proteção, que alimentem os encaminhamentos necessários diante da apresentação dos casos, quando há a denúncia inicial. 

O defensor público Gustavo Barbosa contribuiu com falas acerca da experiência em casos de violência sexual, colocando-se receptivo ao trabalho em equipe, a fim de fortalecer a rede de proteção. Para todos, a discussão foi bastante proveitosa e rica.

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