Viva a democracia!

A campanha eleitoral é um aprendizado, um dos momentos da cidadania. Fiquemos atentos, pois, a ela. E viva a democracia!

Valdemir Caldas
Publicada em 23 de maio de 2019 às 11:47
Viva a democracia!

(*) Valdemir Caldas

Erra quem pensa o contrário, mas a campanha eleitoral para prefeito e vereadores já está nas ruas de Porto Velho, nas reuniões de família, nos encontros com os amigos, no ambiente de trabalho, enfim, em todos os lugares. E é bom que seja assim. Afinal, esse é um dos ingredientes da democracia. A campanha é um desses momentos periódicos que, cada vez mais, deveria ser observada com lupa por cada um de nós, pois revela a linguagem, o falar e o gestual dos que se apresentam à sociedade na luta pela conquista de votos.

Muitos podem até ser modelados por especialistas no ramo, mas jamais conseguirão esconder do observador atento as suas verdadeiras intenções. É verdade que a maquiagem pode corrigir algumas imperfeições, como tornar bonito o que é feio, afável o que é grosseiro; o que é egoísta em coletivo, o que é autoritário em democrata, o que é rude em poeta, mas não resiste à ação cotidiana. Alguns já começaram, desde já, a apresentarem suas propostas e os compromissos que pretendem assumir caso sejam eleitos. E é exatamente ai que eles deixam fartas pistas do que são efetivamente, os valores que defendem, a alma que possuem e as suas digitais.

Se olharmos atentamente para cada um deles, faremos descobertas incríveis. Cuidado eleitor! Muitos chegam sorrindo de orelha a orelha, chamando você de meu amigo, sem nunca tê-lo visto, dando-lhe tapinhas nas costas, abraçando-o apertado, acariciando o seu rosto, passando a mão sobre a sua cabeça e distribuindo beijos, mas, por trás de tudo isso se esconde um lobo em pele de cordeiro, alguém disposto a vender a própria alma ao diabo em troca de um contrato para atender a empresa de um amigo, ou, então, de sinecuras para acomodar parentes, aderentes e cabos eleitorais.

Preste atenção ao jogo de encenação dos candidatos, pois eles querem simplesmente confundir a sua cabeça. Eles sabem o que estão fazendo. Nós, porém, é que precisamos ficar atentos, colocar a nossa capacidade para funcionar e, consequentemente, descobrir o que realmente querem os que pedem os nossos votos. Lembre-se de que Porto Velho não é uma mera abstração, mas um lugar com o qual nos identificamos e que aprendemos a amar, se não todos, mas, certeza, a maioria dos seus moradores.

A partir do momento que percebermos as características dos candidatos, passemos, então, ao voto consciente, crítico e saudável. Não podemos eleger aqueles que negam a nossa história, tampouco reelegermos aqueles que traíram a nossa consciência em troca de migalhas. A campanha eleitoral é um aprendizado, um dos momentos da cidadania. Fiquemos atentos, pois, a ela. E viva a democracia!

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