Volume de águas registrado em Porto Velho está acima do previsto
Transbordamento de vias é decorrente do grande volume de chuva que ocorre ao mesmo tempo e não de forma gradativa
Região amazônica registra aumento de chuvas nessa época do ano
Entre os meses de novembro e março, a região de Porto Velho experimenta o tradicional período de intensas chuvas. Neste período, conhecido como inverno amazônico, a região costuma ser afetada pelos grandes deslocamentos de massas de ar quente e úmido que são empurrados pelo vento da Cordilheira dos Andes em direção às áreas de baixa pressão atmosférica da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Em Porto Velho, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) acompanha diversos pontos nas áreas urbana e rural onde o volume de águas é maior devido à disposição geográfica do solo. O bairro Lagoa, por exemplo, é uma área baixa da cidade se comparada com bairros vizinhos, o que facilita o acúmulo anormal de água neste período do ano. Também por isso, a prefeitura realiza o trabalho de drenagem profunda no bairro, visando facilitar o escoamento de águas e resolver um antigo problema do local.
O monitoramento das chuvas em Porto Velho é feito pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) com o apoio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). “Quando vem uma forte chuva pra nossa região, o Sipam avisa a gente por meio de aplicativo e ligação. A partir disso, ficamos de olho nestas áreas onde o risco de alagamento é maior”, explica o coordenador da Compdec, Edmilson Machado.
Edmilson Machado, coordenador da Defesa Civil Municipal
Segundo o coordenador, um dos fatores que causa o transbordamento das vias urbanas da capital é decorrente do volume de chuva que ocorre ao mesmo tempo e não de forma gradativa. Outro fator que acaba sobrecarregando o sistema de escoamento pluvial está intimamente ligado à grande quantidade de lixo retirado pela Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) dentro dos canais de escoamento.
“A chuva que é para cair em dois ou três dias, acaba caindo em uma hora e encontrando dificuldades de escoamento devido ao descarte incorreto de lixo por parte dos moradores”, ressalta o coordenador.
Nas últimas semanas, a Defesa Civil, com o apoio do Sipam e da Cemaden, realizou uma pesquisa de medição pluviométrica, indicando a queda de 39 milímetros de chuva em poucas horas, resultado maior que o previsto para uma semana, que era de 25 milímetros.
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