Ibama apreende 14 mil dormentes de madeira nativa da Amazônia em pátio da Estrada de Ferro Carajás no MA

Trinta e oito amostras identificadas e lacradas na presença de representantes do estabelecimento foram encaminhadas para identificação anatômica pelo Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

IBAMA
Publicada em 10 de maio de 2018 às 10:33
 Ibama apreende 14 mil dormentes de madeira nativa da Amazônia em pátio da Estrada de Ferro Carajás no MA

Foto: Ibama

Inspeção realizada pelo Ibama em pátio da Estrada de Ferro Carajás, em Açailândia (MA), resultou na apreensão de 14.233 dormentes de madeira nativa, descritos em notas fiscais como peças de eucalipto, que seriam usados para a fixação dos trilhos em obras de manutenção da via. Os agentes ambientais aplicaram auto de infração no valor de R$ 4,3 milhões contra a empresa responsável por manter em depósito a madeira nativa sem licença válida. O recebimento de novos dormentes foi embargado até que o estabelecimento esteja regularizado no sistema do Documento de Origem Florestal (DOF).

Durante vistoria realizada no pátio da empresa em 20/04, analistas do Ibama suspeitaram que as travessas de madeira estocadas no local não estivessem em conformidade com as informações das notas fiscais. Trinta e oito amostras identificadas e lacradas na presença de representantes do estabelecimento foram encaminhadas para identificação anatômica pelo Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

O lote de madeira, negociado como eucalipto, continha espécies nativas da Amazônia, como “Roxinho” (Peltogynes sp), “Jatobá” (Hymenaea sp) e “Cedrinho” (Erisma sp).

“Essa investigação expôs mais um método de esquentamento de madeira nativa com notas fiscais fraudulentas. Os produtos adquiridos são identificados como espécie exótica (eucalipto) e assim ficam dispensados de usar o sistema DOF. Empreendimentos semelhantes em outros estados serão inspecionados”, disse o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Renê Oliveira.

O Ibama investiga os fornecedores e o local de extração da madeira nativa identificada durante as ações de fiscalização. Os resultados serão encaminhados ao Ministério Público do Estado para a apuração de responsabilidade na área criminal.

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