No Executivo,  o uso indiscriminado, maldoso, ímprobo,  na liberação de verbas do orçamento (emendas parlamentares) para manter-se no Poder.

No Legislativo, com Parlamentares legislando e trabalhando em prol de sua fazenda; e, não da Pública, garantindo-se, assim, antecipadamente,  reserva para sua reeleição com parte do dinheiro do orçamento, quiçá, dinheiro público.   

No Judiciário, indiferente a tudo. Focado no carreirismo e no próximo aumento salarial. Pouco preocupado com os jurisdicionados, e com leis esdrúxulas, como é o caso da nova lei de custas de Rondônia. 

Nesta lei, tudo se cobra, quase todo ato judicial é quantificado. Foi elaborada em nome de uma nova estatística para diminuição da lides, de racionalização dos processos nos Tribunais, mas que na verdade, trouxe exclusão de cidadania, já que não permite ao pobre ter acesso à justiça, já que pobre, em geral, não tem recursos financeiros para custear o seu processo. E a justiça gratuita pré-falada é um engodo. E viola o Principio do Acesso à Justiça presente na Carta Magna.

Há hoje uma forte tendência à militarização do Poder, com uma onda intervencionista. Um retrocesso  para a nossa sociedade que pagou às duras penas, pela conquista do Processo de Democratização de nosso País.

E daí? Aonde reside a solução para tudo isto?

De onde virão quadros para dar um novo rumo a essa crise?

Será que a salvação está nos mestres e doutores e pós-doutores de nossas Universidades?    Dos intelectuais? Dos trabalhadores? Dos representantes do agro-negócio?

Não sei!

Acredito, apenas, que de onde vier, a solução passa por pessoas dotadas de valores éticos, de pessoas dotadas de sensibilidade humana, de espiritualidade, que faz da axiologia, sua forma de viver, e que tenham Deus como fonte de tudo, já que fora de Deus, não há vida, não há esperança, e não há comando justo.

Afinal, temos saída?

Romilton Marinho Vieira | Advogado com formação em Filosofia.