10ª turma de magistrados do TJRO comemora 24 anos de posse

Aquela turma ingressava na carreira no dia 09 de outubro de 1995. Todos os seis aprovados, continuam atuando no Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia

Assessoria de Comunicação/Ameron
Publicada em 10 de outubro de 2019 às 10:43

Na comemoração do aniversário de 24 anos da 10ª Turma de ingresso à carreira da magistratura do Poder Judiciário de Rondônia, a Ameron parabeniza aos magistrados pela dedicação e o comprometimento com a Justiça, fazendo valer os direitos dos cidadãos rondonienses. Aquela turma ingressava na carreira no dia 09 de outubro de 1995. Todos os seis aprovados, continuam atuando no Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

Entre os empossados estava um ex-professor de educação física da Universidade Federal de Rondônia que deixava a docência para se dedicar aos estudos do Direito. O juiz Sérgio William Domingues Teixeira conta como foi a transição de uma carreira voltada para as atividades esportivas para outra relacionada ao jurídico. “Desde que entrei na graduação, tinha o sonho de ser magistrado. Já alinhava esse desejo de ser aprovado como juiz e fiz a Escola da Magistratura. Eu assistia as provas orais que antecederam a minha e pegava as questões de provas de concurso e respondia a todas como forma de me preparar. Era uma prova muito difícil e foram várias etapas de muita ansiedade porque você fica sonhando em passar, mas ao mesmo tempo, tem a tensão pela reprovação e é muito alta. Só tive a certeza mesmo quando publicaram o resultado e desde então foi uma grande festa, pois o sonho estava realizado”, revive o magistrado.

O juiz Sérgio William Domingues Teixeira iniciou a trajetória na magistratura como substituto em Porto Velho, depois atuou nas comarcas de Alta Floresta do Oeste, Guajará-Mirim até retornar à Porto Velho.

No caso do juiz Rinaldo Forti que também compôs aquela turma aprovada em 1995, uma proposta de trabalho representou a mudança na vida do então estudante de Direito. O professor da faculdade havia comentado de que o primo precisava de um assessor, o primo então mencionado se tratava do desembargador Renato Martins Mimessi. “A vontade de ser juiz nasceu apenas quando fui trabalhar com ele. Até então eu pensava em outras carreiras jurídicas. No entanto, assessorando o desembargador Renato pude conhecer nos processos a atuação de cada um dos atores (advogados, promotores, procuradores, delegados e juízes), e daí não foi difícil eleger a carreira que pretendia seguir. O concurso foi muito difícil e a dificuldade já começa na preparação. Como já era casado e trabalhava em período integral, minhas horas de folga eram integralmente dedicadas ao estudo. Passava o dia no gabinete trabalhando, almoçava no centro da cidade, voltava para o gabinete, estudava algumas horas e voltava a trabalhar. Findo o turno pegava novamente os livros até fechar o gabinete, depois descia para a Escola da Magistratura, que funcionava no térreo do tribunal e só saía de lá por volta das 23h. Muitas vezes chegava em casa e ainda voltava para os livros, estudando mais uma ou duas horas antes de ir para a cama. O concurso era muito concorrido e muito difícil, como ainda é”, lembra o juiz da 9ª Vara Cível de Porto Velho.

Natural de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, o juiz Rinaldo Forti atuou em Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, Alvorada do Oeste e Costa Marques aonde presidiu pela primeira vez uma eleição em um tempo no qual o voto era registrado em papel e depositado em urna de lona. “Tudo era aprendizado; tudo era novo; tudo era desafio. Nessa época a comunicação era precária, não havia internet, o telefone era péssimo e nem sempre funcionava, os livros escassos e caros. As comarcas mal estruturadas, sem segurança pública e muito se resolvia na base da criatividade e boa vontade. No entanto, ainda que tivéssemos muitas dificuldades, sempre me senti apoiado pelo tribunal, que invariavelmente demonstrou preocupação com seus magistrados e servidores, notadamente quando estávamos nas comarcas mais remotas. Enfim, foram 24 anos de imensos desafios, mas de aprendizado e satisfação ainda maiores”, complementa.

Aquele concurso contou com duas mulheres aprovadas, a juíza Sandra Aparecida Silvestre e a Úrsula Gonçalves Theodoro de Faria Souza. “Quando fui aprovada no concurso público a responsabilidade do cargo, da função, me deixou bastante preocupada, mas, com o curso de nivelamento, o acolhimento dos colegas e o apoio de todo o Tribunal de Justiça, as dificuldades foram sendo superadas e o exercício da função passou a ser mais leve, me adaptando às diversas comarcas e atuações, como cível, criminal, execução penal, Juizado da Violência Doméstica contra a mulher, Juizado da Infância e Juventude, Ambiental, Crimes contra a Criança e o Adolescente. A magistratura me permitiu ser um ser mais integral, consciente de mim e das concepções do outro. Agradeço as oportunidades de aprendizagem e aprimoramento que o Tribunal de Justiça de Rondônia e a Escola da Magistratura me oportunizaram e ainda me proporcionam, com MBA, Mestrado e Doutorado, para que a jurisdição seja ainda mais profunda, célere e adequada”, afirma a juíza Úrsula Gonçalves que é natural do Mato Grosso do Sul.

Ao iniciar a trajetória no Poder Judiciário, a magistrada atuou como juíza substituta em Ji-Paraná, Alvorada do Oeste e Presidente Médici. Depois foi promovida para Santa Luiza do Oeste, onde permaneceu por cerca de um ano, e depois para Ariquemes, onde atuou na 2ª Vara Criminal e 4ª Vara Cível, por cerca de 8 anos.

Compõem a 10ª turma de magistrados do TJRO, os juízes Edenir Sebastião da Rosa; Sérgio William Domingues Teixeira; Rinaldo Forti da Silva; Guilherme Ribeiro Baldan; Úrsula Gonçalves Theodoro de Faria Souza; e Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres.

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