15 de outubro é dia de comemorações alusivas à data e à pessoa do professor

O domingo, 15 de outubro, é data destinada à profissão e à pessoa do professor. No IFRO, são cerca de 600 professores, entre efetivos, substitutos e temporários.

ASCOM/IFRO
Publicada em 13 de outubro de 2017 às 13:44

O domingo, 15 de outubro, é data destinada à profissão e à pessoa do professor. No IFRO, são cerca de 600 professores, entre efetivos, substitutos e temporários. Mais que enaltecer a função dos mestres na sociedade em que estão inseridos, a instituição tem buscado desde o início de seu funcionamento meios para a capacitação permanente e melhores condições de atuação dos profissionais em atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Conforme o Reitor Uberlando Tiburtino Leite, o IFRO oportuniza, hoje, qualificação profissional em importantes áreas, atendendo a mais de 15 mil jovens e adultos rondonienses. Sendo que quase 80% deles possuem renda familiar inferior a três salários mínimos mensais. E o reitor ressalta que os egressos do Instituto Federal de Rondônia “têm conseguido ingressar, com sucesso, no mundo do trabalho e no ensino superior. Esse êxito dos nossos estudantes é resultado do compromisso social e institucional, da dedicação e do empenho dos nossos professores”.

O professor Ezequiel Ferreira leciona Língua Inglesa e Portuguesa no Campus Vilhena. Há mais de 20 anos ele é professor, que diz requer uma responsabilidade muito grande. “Apesar de ser uma profissão gratificante, porque podemos ver o retorno dos nossos alunos na sociedade, no entanto, trabalhamos com pessoas. O que ao mesmo tempo nos torna pessoas diferentes também. Não somos meros transmissores de conhecimento, fazemos uma mediação entre o conhecimento e o aluno e o aluno e esse conhecimento. Mas enfrentamos um problema: nosso cliente tem vontade própria. Hoje, nesta sociedade moderna, em que as demandas sociais são grandes, requer de nós uma responsabilidade muito grande”.

Segundo Ezequiel, tem-se a obrigação de formar cidadãos que atuem com responsabilidade neste mundo de grande diversidade cultural e de pensamentos, tornando-os corresponsáveis pelo que no futuro essas pessoas venham a fazer. “Hoje não podemos ser meros transmissores de conhecimento. O conhecimento formal é importante, mas a formação humana é de extrema importância para a formação humana no mundo. E nós temos essa responsabilidade. Eu enquanto professor do Instituto Federal aqui no Campus Vilhena me preocupo muito com essa formação humana além daquela que compete a mim enquanto profissional da minha área de formação”, avalia.

Reginaldo Diógenes de França é mais conhecido como professor Regis, da disciplina de Geografia no Campus Ji-Paraná. Para ele, ser um profissional que contribui para a formação de todos os demais, é uma “tarefa maravilhosa, estar em contato com esses meninos todos os dias, trocando experiência e conhecimento. Eles trazendo conhecimento e a gente de alguma forma contribuindo para a formação deles. Ser professor para mim foi uma escolha, eu me deparei com a ideia de me tornar um profissional e ali escolhi ser professor. E no momento que escolhi, dúvidas apareceram em razão de todo esse contexto da realidade que vive o professor. E com o passar do tempo, com o caminhar da profissão, eu percebo que muito mais que procurar outra profissão, o meu dia a dia de professor me deixa feliz, satisfeito e faço com carinho o que me foi proposto como profissional”.

Mas Regis faz a ressalva de que ao falar da profissão de professor se depara com discurso verdadeiramente preocupante diante das dificuldades sociais, “as condições que o professor tem para trabalhar e a forma como ele, de certa maneira, vive a sua profissão em meio a toda essa sociedade repleta de mazelas e desestruturas sociais, que de modo geral acabam recaindo sobre a escola. Isso é uma verdade, o professor é um profissional que precisa ser olhado com carinho. Mas também é preciso lembrar que é um profissional, no meu caso especificamente, que se realiza fazendo essa profissão. Hoje sou um profissional com mais de 20 anos em sala de aula, tenho orgulho de ser considerado e me considero hoje um professor. Não apenas um professor, mas um educador como um todo”. 

Para Edmilson Brito, docente da disciplina de Administração no Campus Cacoal, “ser professor no Instituto é muito interessante e importante, uma vez que temos a condição de transmitir um pouco do conhecimento ao aluno e também verificar a evolução desses alunos dentro da carreira, especialmente quando saem como profissionais”. Desde 2011 ele foi aprovado em concurso do IFRO e revela que os alunos chegam com pouco conhecimento em relação ao mercado de trabalho “e quando saem daqui são profissionais com condições de atuar no mercado. Muitos deles têm saído empregados aqui do campus, e depois retornam informando o quanto foram viáveis e interessantes suas experiências aqui. Isso para nós, e para mim enquanto professor, é muito gratificante, uma vez que conseguimos perceber que atuamos diretamente na vida do cidadão”.

No Campus Ariquemes, Nereida Machado revela que ser professora foi sempre um sonho para ela. “Iniciei fazendo os meus estudos em Fisioterapia, e o professor da faculdade me chamou e me disse que não sabia se minha vocação era Fisioterapia. Eu gostava de monitoria, de ficar auxiliando, ajudando, ensinando de alguma forma. Foi quando ele me despertou esse lado e eu fui fazer Letras. Eu vejo que para mim, ser professora é uma vocação, é um dom, é um presente, é uma oportunidade”.

O leque de atuação para um professor no IFRO também é destacado pela docente, especialmente por haver mais tempo para o professor se dedicar ao planejamento de atividades diversas para os alunos. “Ser professora no IFRO para mim é ter uma oportunidade muito além de ensinar conteúdos pertinentes à minha disciplina, é a convivência, aprender com eles, fazer parte da vida deles, é influenciá-los de alguma forma, é permitir que eles me influenciem de alguma forma, porque eu acredito que esse é um processo de mão dupla, nós aprendemos com eles da mesma forma que eles aprendem conosco. Então, é isso, é ser mãe, é ser psicóloga, é ser amiga. Ser professora do IFRO para mim é isso: é fazer parte e contribuir, ainda que seja com uma parcela tímida, na formação desse menino que no futuro será um cidadão ativo e atuante na sociedade”, realça Nereida

Andréia de Fátima Pinsan, também do Campus Ariquemes, salienta ainda que ser professora concedeu a ela a possibilidade de explorar novas possibilidades dentro da disciplina que ministra na área de linguagens, além de possibilitar trabalhar de maneira interdisciplinar com mais qualidade. Assim como, “poder conhecer o meu aluno, as suas particularidades, o seu potencial, e poder explorar esse potencial, porque aqui nós temos esse tempo”. Andréia acrescenta: “é gratificante porque conseguimos ver o resultado nele. E no interesse dele em seguir seus estudos, em participar com mais afinco das atividades que o Instituto proporciona a ele também”.

Mateus Gomes dos Santos é professor de Contabilidade no Campus Jaru, “eu já trabalhei dez anos na área de segurança e sempre digo que não fui eu que escolhi ser professor, foi a profissão que me escolheu. Sou muito grato em fazer parte da instituição, que é bem reconhecida e que busca transformar vidas. Um fato bem interessante neste quase um ano que estou no Instituto foi o depoimento de uma aluna que estava desmotivada e o IFRO Jaru veio para a cidade e foi um divisor de águas na vida dela. Me sinto honrado em fazer parte dessa história e vejo que o fato de ser professor é algo bem gratificante. Você transforma vida dos alunos e isso o Instituto tem feito muito bem. Sinto orgulho em fazer parte desse time”.

Já o professor Joilson Arruda, do Campus Guajará-Mirim, “ser professor é contribuir para a vida das pessoas, é orientar para que tenham sucesso na sua vida, para que possam desenvolver suas carreiras da melhor forma possível. Ser professor é bom por isso, você orienta e as pessoas colhem o que acham melhor e podem carregar isso para o resto da vida, podem ter outras ideias. É um trabalho social que pode modificar”.

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