75 anos de amor e luta pela Amazônia

Falar em poucas linhas sobre 75 anos de trajetória de uma empresa do porte e importância do Banco da Amazônia não é tarefa fácil, mas o compromisso e a dedicação de todos os seus colaboradores e a sua grande contribuição para a região inspiraram-me a escrever esse artigo, porque a minha história de vida está relacionada com esses acontecimentos.

Por Marivaldo Melo – Presidente do Banco da Amazônia
Publicada em 13 de julho de 2017 às 16:41
75 anos de amor e luta pela Amazônia

Marivaldo Melo, presidente do Banco da Amazônia

Falar em poucas linhas sobre 75 anos de trajetória de uma empresa do porte e importância do Banco da Amazônia não é tarefa fácil, mas o compromisso e a dedicação de todos os seus colaboradores e a sua grande contribuição para a região inspiraram-me a escrever esse artigo, porque a minha história de vida está relacionada com esses acontecimentos. Meu bisavô, meu avô e meu pai foram seringueiros e me orgulho de ser um amazônida, nascido no Rio Acre, no município de Boca do Acre. Agora, estou à frente dessa Instituição grandiosa, que vai além das fronteiras do crédito, incentivando a pesquisa, a cultura, o esporte, o voluntariado de seus colaboradores. Entendemos que o crédito por si só é uma parte desse ecossistema, por isso buscamos integrar nossas políticas de créditos com a de outros atores em busca de otimizar os recursos destinados ao desenvolvimento da região.

A trajetória da principal Instituição Financeira de desenvolvimento da Amazônia se confunde com a história da própria Região. O Banco da Amazônia já nasceu com grande responsabilidade: contribuir com os países aliados para a geração de borracha durante a segunda Guerra Mundial, que depois passou a ser responsável por promover desenvolvimento econômico e social para uma região continental, com enorme potencial e riquezas naturais, que precisam ser fonte de negócios sustentáveis, visando à sobrevivência das gerações futuras.

No ato da sua criação, por meio de Decreto-Lei nº 4451, de 9 de julho de 1942, assinado pelo então presidente do Brasil, Getúlio Vargas foi denominado Banco de Crédito da Borracha e tinha como objetivo promover o desenvolvimento da produção da borracha e da sua defesa econômica e pôr em prática o convênio celebrado em Washington (EUA), entre o Brasil e os Estados Unidos, nesse mesmo ano. O compromisso estabelecia a necessidade de fornecer, dentre outras matérias primas, a borracha manufaturada.

Porém, após a Segunda Grande Guerra, a borracha oriental superou as vendas da borracha nativa da Amazônia no mercado mundial, pelo fato de ser mais barata e atrativa, o que fez então o governo brasileiro mudar os rumos da Instituição, criando o Banco de Crédito da Amazônia (BCA), por meio da Lei nº 1184 de 30 de agosto de 1950. Naquele momento, desafio era ocupar a Amazônia e gerar desenvolvimento, atuando em várias frentes.

A partir de 1966, o Banco passa a assumir o papel de agente financeiro da política do Governo Federal para o desenvolvimento da Amazônia Legal, já com o nome de Banco da Amazônia. Hoje ocupa a posição de principal agente financeiro de desenvolvimento da região, respondendo por mais de 63% do crédito de fomento regional, atendendo aos vários segmentos: ribeirinhos, agricultores familiares, micros, pequenos, médios e grandes negócios.

Movido pela paixão e pelo compromisso de promover as políticas públicas para a Amazônia Legal, o Banco da Amazônia opera com várias fontes de recursos, levando crédito com responsabilidade e qualidade para os mais longínquos rincões desta imensa região. Chegamos, muitas vezes, aonde nenhuma outra instituição bancária atua, pois atendemos por meio de nove Superintendências Regionais e 124 agências, conseguindo abranger aos 644 municípios amazônicos.

O destaque das nossas fontes de recursos é o FNO - Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, criado pela Constituição Federal de 1988. É a principal fonte de recursos financeiros estáveis para o crédito de fomento da Região Norte e um dos principais instrumentos econômico-financeiros de execução da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).

Disponibilizamos aos nossos clientes as mais variadas modalidades de crédito de curto, médio e longo prazos, com recursos oriundos do FNO, do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia - FDA, Orçamento Geral da União - OGU, Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, Fundo da Marinha Mercante - FMM e recursos próprios da Instituição.

Mais do que linhas de crédito, produtos e serviços customizados, a instituição oferece amplo apoio à pesquisa e desenvolvimento, investe em projetos inovadores nos segmentos culturais, ambientais, sociais, feiras, exposições e congressos, o que demonstra o enorme compromisso do Banco com o desenvolvimento desta Região e de sua gente.

Recentemente foi idealizada pelo Banco a ação “Rota do FNO”, que  percorreu 25 municípios da Região Norte para divulgar e facilitar o acesso às linhas de crédito ofertadas. Essa ação nos proporcionou um acréscimo em 20% de nossas contratações em relação a 2016. Até 30 de junho atingimos o volume de R$ 1.364 milhões somente no FNO na região Norte. A Rota do FNO contribuiu com 4.438 operações que totalizou R$ 693 milhões de reais, sendo que deste montante, R$ 198 milhões foram contratados no dia do evento ocorrido em cada cidade. Já está em operação a primeira Central de Crédito, brevemente, inauguraremos mais quatro  centrais que atenderão  todos os estados da região. Essa iniciativa trará agilidade às análises de financiamento, uniformidades no processo de crédito e tornará mais transparente e eficiente todo o processo de gestão do crédito: originação, análise, acompanhamento, contratação e recuperação. Será uma mudança cultural na forma de analisar o crédito, com modernidade e eficiência. Por meio dessas ações, o Banco da Amazônia irá melhorar seus resultados e seus processos, adequando o tempo do Banco a de seus clientes.

Nos últimos cinco anos, foram investidos cerca de R$ 23 bilhões com recursos de fomento, em aproximadamente 20 mil operações, gerando negócios que vem contribuindo para a redução das desigualdades regionais, criando mais oportunidades de emprego, renda, e, o que é mais importante, melhoria da qualidade de vida para toda a região amazônica.

Estima-se que os impactos sociais realizados com financiamentos do FNO, concedidos nos últimos cinco anos, já incrementaram em R$ 168,4 bilhões o valor bruto da produção regional (VBP), aumentaram em cerca de R$ 87,4 bilhões o PIB regional, criaram mais de 2 milhões de novos postos de trabalho no campo e nas cidades, gerando um volume de salários de aproximadamente R$ 17,8 bilhões e crescendo a arrecadação de tributos na ordem de R$ 25,4 bilhões.

Como se vê, o Banco movimenta todos os setores da economia e fortalece o desenvolvimento regional em bases sustentáveis, confirmando sua postura de agente transformador da sociedade amazônica, promovendo melhoria de qualidade de vida do povo desta região e valorizando sua biodiversidade.

Temos a constante preocupação de olhar para o futuro, para as oportunidades e desafios que devem ser superados, por isso estamos modernizando cada vez mais nossa atuação. Trabalhando dessa forma, temos absoluta certeza que a Instituição vai continuar cumprindo sua nobre missão desenvolvimentista.

Parabenizo o Banco da Amazônia pelos seus 75 anos de existência e os todos os seus colaboradores que, ao longo destes anos, contribuíram para que a Instituição alcançasse esse patamar de relevância para a Região. Parabenizo também, os nossos clientes, prestadores de serviços, empresas parceiras, entidades de classe, acionistas, e toda a sociedade amazônica, além destes, membros da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração, pois todos fazem parte dessa história de sucesso!

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